quarta-feira, maio 10, 2006

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  "Have you love enough..." grita Peter Franti e os Spearheads no mp3 legal, carregado do archive.org. Vejo os meus amigos no Hi5, onde lhes é permitido ainda dizer mais asneirada que eu neste estupido blog. Estudo ao mesmo tempo que trabalho em linux, enquanto faço mais um estupido trabalho de Analise e sintese de algoritmos. Desprezo os acentos por estar sem paciencia nenhuma para carregar no shift ou em qualquer outra tecla que nao adiante algo neste texto.
  O que quer isto dizer?
  Quer dizer que estou a perder a cabeça de vez... provavelmente, sim. Mas por outro lado nao ma lembra de a ter alguma vez encontrado. Nao faz sentido escrever algo com sentido. Faz sentido sermos nos proprios e todas essas tretas, faz sentido a globalizaçao, faz sentido o amor, faz sentido ser jovem, faz sentido a vontade que temos de nos exprimir, faz sentido a liberdade, faz sentido... faz sentido que leiam este texto? Será? Qual será o limite de palavras para nao se escrever nada? Se o nada for infinitamente grande, entao tambem seram as palavras que o descrevem, palavras extensas para ocupar mais espaço. Como tudo o resto o nada e feito de contrastes, ou seja, o nada e muito e o muito e pouco, escrevo bem quando escrevo mal, sinto me mal porque irei ficar bem, sinto me bem porque irei ficar mal. Mas que raio de conversa. Conversa? Mas qual conversa? Converso com quem? Com o meu Personal Computer? O meu PC?
  A maior duvida ainda e se podera passar este texto, como mais um texto intelectual. Talvez ser lido na galeria "Zé dos Bois" por um cromo qualquer, que se veste como se vestiam nos anos setenta porque e diferente. Seras diferente? Achas que se te vestires assim, inves de te vestires como es, com a camisa que a tua mae te ofereceu nao ficas melhor, nao e por isso que iras impressionar mais gente, nao pelo que vestes nem pelo que ouves, fazes, les, ou mesmo pelo que es. Por e simplesmente iras impressionar alguem se calhar, alguma vez, acertares numa serie de acasos, felizes ou infelizes e esse alguem aperceber-se que e igual a ti, ou que tu es quem esse alguem sempre quis conhecer porque viu num filme ou ouviu numa musica que apareceu na MTV. Mas eu tambem ando a passar-me, escrevo como se alguem fosse ler isto para outra pessoa, como se alguem chegasse a esta linha, escrevo mesmo a pensar se alguem alguma vez chegar a esta linha ainda me leva a serio.
   Estas a ler esta linha? Nao tens nada melhor a fazer do que ler o blog deste teu amigo, irmao, primo, sobrinho, conhecido, amigo acidental, colega? Fica sabendo que quem escreve aqui e doido, tem variadissimos problemas, sendo o principal deles que, todos os seus problemas, apenas sao problemas para ele, nimguem mais os ve, porque por e simplesmente nao existem.
  Olha! O Peter Franti mudou de musica...
(fica a meio... provavelmente para sempre.)

sexta-feira, maio 05, 2006

quinta-feira, maio 04, 2006

intelectual vs. simples...

  Gostava de ser intelectual, desde que li o Diário do Adrian Mole que me interesso pelo tema dos intelectuais.
  Suspeito que intelectual não irei ser, mas talvez para ser alguém com uma forte cultura, ainda vou a tempo, com alguma sorte até poderei aprender e entender algumas das conversas dos grandes intelectuais, ou mesmo no clímax da minha cultura consiga assistir a uma daquelas peças de dança contemporânea e dizer que gostei. Talvez isso já não me interesse, as coisas simples e cruas têm ficado cada vez mais atraentes. Não percebo como saltei um extremo para outro, onde terei eu visto que o perceber e analisar tudo não é o que mais me interessa? Mais um vez sinto-me a perder a razão... mas sinto-me pior por escrever ininterruptamente sobre mim, por não ser o intelectual que escreve de uma forma divertida sobre o mundo onde vive. Se calhar, não será assim tão mal, mais vale ser mais um simplório com problemas de identificação, que pensar ser intelectual sem o ser.
  O homem simples tem a vantagem de estar na base da sociedade intelectual e a capacidade de se puder destacar quando assim entende. Difícil para o simplório é manter a fachada, pois não é possível ser realmente simples, só estando morto, logo o simples fica mais complicado, tendo de usar as suas armas intelectuais, levando-o a tornar-se quase intelectual.
  Ser simples obriga a pensar menos, mas a trabalhar mais. Uma das coisas que aprendi até agora é que funciono ao contrario de todas as grandes personagens, gosto de trabalhar mas não gosto de pensar.

razão...

"Sou um técnico,
Mas tenho a técnica só dentro da técnica
Fora disto sou doido, com todo direito a sê-lo
Com todo direito a sê-lo, ouviram?"

A. de Campos

ando de comboio...


sempre dá para bater umas chapas...