terça-feira, novembro 07, 2006

Que palavra...

Responsabilidade é uma palavra...mais uma.
No meio de tantas porque é que esta é uma das importantes, tanta palavra boa para ser importante e esta que tanto odeio, tinha de ser uma das mais importantes, responsabilidade. De resto começa a ser a que resta no meu fraco vocabulário, responsabilidade. Infelizmente muito raras vezes se associa a algo positivo, de facto sou um cromo porreiro e tal... mas continuo a ter esse defeito, responsabilidade. Como mudar isto? aceitam-se ajudas, emails, rezas e mesmo patas de galinha para realizar mágicas negras para ajudar, responsabilidade. Não vejo meio de obrigar o meu corpo a fazer o que a minha cabeça já racionalizou, agora até chega mesmo a sonhar com isso, responsabilidade. Posso mesmo dizer, que a distância entre ser a medíocre personagem que sou, a um interessante ser humano, passa por ai, responsabilidade. Não há meio de acalmar este meu espirito rebelde, que teima em não sentir, responsabilidade.
Continuo a questionar-me, porque não mudamos de palavra.

P.S.: Efectivamente isto envergonha... mas as coisas não são tão boas se não mergulharmos de cabeça.

terça-feira, outubro 31, 2006

Intelegência Vs Estupidez

Há muitos anos atrás li o diário de "O Diário Secreto de Adrian Molle aos 13 anos e ¾", desde ai que quero ser intelectual.
Estive muito próximo de o conseguir ser passados poucos anos depois, mas quando se tem 15 anos também não custa muito. Infelizmente este meu desejo não se manteve até hoje, mesmo tendo praticamente desaparecido, após um rigoroso e complicado processo de estupidificação.
Parece que o Salvador Dalí (já ele delirava bastante e eu penso seriamente em seguir os seus passos) considerava que todos os bons artistas (“artista” é uma palavra sem graça nenhuma) tinham de ser “quanto baste” de estúpidos. Eu acho que ele tem razão, tanto por razões técnicas, como por razões intelectuais. Estranhamente à medida que vou avançando para o final do meu curso de engenharia (um curso para malta inteligente e que não liga intelectualidades excepto se estas se traduzirem em zeros e uns) mais me apercebo do quanto este pintor tinha razão. Posso mesmo acrescentar, qualquer bom artífice seja ele engenheiro, escritor, pintor, ou caixa de uma qualquer loja de produtos de fraca qualidade mas vendidos a preços desagradavelmente altos, tem de ser bastante estúpido, afinal de contas só assim se marca a diferença. Isso leva-me a crer que estou no bom caminho, se bem que bastante incompreendido.
Com tudo isto cheguei à conclusão que, intelectualidade e estupidez embora possam viver em harmonia, dificilmente podem ser ambas de alto nível, além disso, gente culta é muito interessante para quem é estúpido e gente estúpida é muito gira para quem é culto.
Depois deste meu ultimo parágrafo há que distinguir dois substantivos, cultura e inteligência, pois embora andem de mãos dadas, em nada se relacionam e ambos são grandes inimigos da estupidez. Por um lado a inteligência, com todas as suas aplicações práticas e simplicidade úteis. Por outro a cultura, com todo o seu conhecimento e previsões bem estudadas. Sinceramente nenhuma delas me dá muito jeito. Prefiro ser estúpido. As razões são infinitas, senão vejamos, sendo estúpido tanto quem é inteligente como quem é culto me interessa e tem algo a acrescentar para a minha pessoa. Mais importante ainda, já conheceram alguém que fosse estúpido e não fosse feliz, claro que podem dizer, “mas essa pessoa não sabe o que é sabe ser feliz”, eu digo, “sabe sim!”, já ouvi tanta história de gente estúpida feliz, claro que quem é estúpido sofre sempre algumas consequências que quem não o é não sofre, no entanto, quem é inteligente não é capaz de sofrer mais ainda? Afinal de contas é suficientemente inteligente (caramba o processo de estupidez está mesmo a funcionar, todas as vezes que escrevi inteligente escrevi com erros ortográficos) para perceber como seria estúpido não estar preocupado com algo, ou mesmo a sofrer com algumas das coisas que se passam sempre à nossa volta.
Será esta uma desculpa para a minha estupidez? Não. A minha estupidez não tem desculpa, é propositada.

P.S.: Para reabrir a época bloguista com mais um delírio em grande (e extenso).

terça-feira, junho 27, 2006

...

Cheira a mofo aqui dentro.

Há recomendações do que fazer? É isso que preciso claramente, recomendações. Mas por favor, não as recomendações habituais, aquelas que ouvimos na televisão, nos anúncios e no cinema. Preciso de recomendações que nunca tenha ouvido. Só essas é que me vão dar jeito. Não se preocupem com a conformidade com o titulo, visto não existir titulo não existe conformidade possível...

Só para dar um sinal de vida.

quarta-feira, maio 10, 2006

...

  "Have you love enough..." grita Peter Franti e os Spearheads no mp3 legal, carregado do archive.org. Vejo os meus amigos no Hi5, onde lhes é permitido ainda dizer mais asneirada que eu neste estupido blog. Estudo ao mesmo tempo que trabalho em linux, enquanto faço mais um estupido trabalho de Analise e sintese de algoritmos. Desprezo os acentos por estar sem paciencia nenhuma para carregar no shift ou em qualquer outra tecla que nao adiante algo neste texto.
  O que quer isto dizer?
  Quer dizer que estou a perder a cabeça de vez... provavelmente, sim. Mas por outro lado nao ma lembra de a ter alguma vez encontrado. Nao faz sentido escrever algo com sentido. Faz sentido sermos nos proprios e todas essas tretas, faz sentido a globalizaçao, faz sentido o amor, faz sentido ser jovem, faz sentido a vontade que temos de nos exprimir, faz sentido a liberdade, faz sentido... faz sentido que leiam este texto? Será? Qual será o limite de palavras para nao se escrever nada? Se o nada for infinitamente grande, entao tambem seram as palavras que o descrevem, palavras extensas para ocupar mais espaço. Como tudo o resto o nada e feito de contrastes, ou seja, o nada e muito e o muito e pouco, escrevo bem quando escrevo mal, sinto me mal porque irei ficar bem, sinto me bem porque irei ficar mal. Mas que raio de conversa. Conversa? Mas qual conversa? Converso com quem? Com o meu Personal Computer? O meu PC?
  A maior duvida ainda e se podera passar este texto, como mais um texto intelectual. Talvez ser lido na galeria "Zé dos Bois" por um cromo qualquer, que se veste como se vestiam nos anos setenta porque e diferente. Seras diferente? Achas que se te vestires assim, inves de te vestires como es, com a camisa que a tua mae te ofereceu nao ficas melhor, nao e por isso que iras impressionar mais gente, nao pelo que vestes nem pelo que ouves, fazes, les, ou mesmo pelo que es. Por e simplesmente iras impressionar alguem se calhar, alguma vez, acertares numa serie de acasos, felizes ou infelizes e esse alguem aperceber-se que e igual a ti, ou que tu es quem esse alguem sempre quis conhecer porque viu num filme ou ouviu numa musica que apareceu na MTV. Mas eu tambem ando a passar-me, escrevo como se alguem fosse ler isto para outra pessoa, como se alguem chegasse a esta linha, escrevo mesmo a pensar se alguem alguma vez chegar a esta linha ainda me leva a serio.
   Estas a ler esta linha? Nao tens nada melhor a fazer do que ler o blog deste teu amigo, irmao, primo, sobrinho, conhecido, amigo acidental, colega? Fica sabendo que quem escreve aqui e doido, tem variadissimos problemas, sendo o principal deles que, todos os seus problemas, apenas sao problemas para ele, nimguem mais os ve, porque por e simplesmente nao existem.
  Olha! O Peter Franti mudou de musica...
(fica a meio... provavelmente para sempre.)

sexta-feira, maio 05, 2006

quinta-feira, maio 04, 2006

intelectual vs. simples...

  Gostava de ser intelectual, desde que li o Diário do Adrian Mole que me interesso pelo tema dos intelectuais.
  Suspeito que intelectual não irei ser, mas talvez para ser alguém com uma forte cultura, ainda vou a tempo, com alguma sorte até poderei aprender e entender algumas das conversas dos grandes intelectuais, ou mesmo no clímax da minha cultura consiga assistir a uma daquelas peças de dança contemporânea e dizer que gostei. Talvez isso já não me interesse, as coisas simples e cruas têm ficado cada vez mais atraentes. Não percebo como saltei um extremo para outro, onde terei eu visto que o perceber e analisar tudo não é o que mais me interessa? Mais um vez sinto-me a perder a razão... mas sinto-me pior por escrever ininterruptamente sobre mim, por não ser o intelectual que escreve de uma forma divertida sobre o mundo onde vive. Se calhar, não será assim tão mal, mais vale ser mais um simplório com problemas de identificação, que pensar ser intelectual sem o ser.
  O homem simples tem a vantagem de estar na base da sociedade intelectual e a capacidade de se puder destacar quando assim entende. Difícil para o simplório é manter a fachada, pois não é possível ser realmente simples, só estando morto, logo o simples fica mais complicado, tendo de usar as suas armas intelectuais, levando-o a tornar-se quase intelectual.
  Ser simples obriga a pensar menos, mas a trabalhar mais. Uma das coisas que aprendi até agora é que funciono ao contrario de todas as grandes personagens, gosto de trabalhar mas não gosto de pensar.

razão...

"Sou um técnico,
Mas tenho a técnica só dentro da técnica
Fora disto sou doido, com todo direito a sê-lo
Com todo direito a sê-lo, ouviram?"

A. de Campos

ando de comboio...


sempre dá para bater umas chapas...

quinta-feira, abril 27, 2006

...tic, tac, tic, tac... tac?...

tic, tac, tic, tac...
dizem que estou a aproveitar o tempo...
dizem que irei ser recompensado...
dizem que vou ser melhor...
dizem que vou conseguir...
dizem que não sou burro...
dizem que vale a pena...
mas ainda não sabem que caminho para as mesmas salas onde estou agora, cinzentas, quentes, sem janelas e com um constante zumbido de maquinas que processam imagens a 60Hertz para que não me escape nenhum pixel, não vá ver outra realidade que não a descrita pelos fotões, electrões e sabe Deus mais o quê.
tac...?




O que me faz por um pé à frente do outro é a esperança, de uma viagem, de umas onditas, de umas férias e de dia 26 de Julho (ou Junho) estar a delirar com Xavier Rudd no Santiago Alquimista. (quem for comprar tickets, telefone a avisar para comprar o meu, please!)

sábado, abril 08, 2006

depressão...

  Absolutamente apanhado pela depressão académica...
  Muito para contar, mas pouca vontade para escrever...
  As fitas de final de curso amontoam-se na minha mesa...
  Vida esta a minha.

segunda-feira, março 27, 2006

Irónico...

  O Gaudí morreu atropelado por um eléctrico, quando chegou ao hospital confundiram-no com um sem-abrigo.

domingo, março 26, 2006

imaginação...

  Tantas teclas e tão pouca imaginação... entristece.
  Já deve haver psiquiatras especializados, nestes casos de necessidade de blogar.


sexta-feira, março 24, 2006

estudo...

  Teste de Engenharia de Software amanhã...
  Uma quantidade anormal de matéria para comer antes das nove da manhã de sábado...
  Muito sono...
  Pouca paciência...
  Mais imaginação que conhecimento...
  Muito para fazer...
  Pouco com que me divertir...
  Muito tempo, para o que não preciso de fazer...
  Pouco tempo, para o que tenho de fazer...
  Algumas propostas interessantes...
  Muitas negas desinteressantes...
  As dores que a faculdade faz...
  Muitas queixinhas para fazer...
... ai, ai, o que me vale é a Margarida Pinto aos ouvidos para acalmar.

terça-feira, março 21, 2006

luz...

  iluminem-me o caminho...
  porque eu não percebo nada disto!

segunda-feira, março 20, 2006

idealismos...

"we split an atom, we got all this computer technology, and we can't even get along?
what good is it, if we can't even comunicate and coexist peacefully?

all that advancement and all that technology means nothing... if we can't live in peace.

so the greatest technological advancement in the world is peace.

all computers and faxes and cell phones and stuff, it is great.. you know, but... it doesn't impress me like peace does."

espero que não cresça para perceber que isto são idealismos sem sentido...



Acordar no comboio...

sexta-feira, março 17, 2006

A fita da minha mana...

  Acabou de chegar às minhas mãos o meu inimigo até mais ou menos, Julho, Junho, a fita da minha irmã...
  Tenho de escrever algo interessante, de bom senso, lógico e que sou eu possa dizer... o problema não se fica por ai, mas sim pelo facto de não me puder arrepender daqui a cinquenta anos de ser tão parvo aos vinte e quatro.

Chuva...

Quem dita o nosso estado de espirito é a "menina do tempo" depois do telejornal...

terça-feira, março 14, 2006

matrioshka...

  Já nos vinte e quatro e ainda a uma velocidade vertiginosa.
  A cidade anda mais depressa, muito mais, é uma daquelas imagens que se vêem de vez em quando nos videoclips, desfocadas, escuras, onde apenas se identificam as luzes dos carros e sempre, sempre em fast foward. À mesma velocidade são tomadas decisões que levaram uma vida inteira a construir, baseadas em princípios e regras que muitas vezes... sempre, tentamos quebrar e nunca conseguimos, está no nosso código, no ADN. As decisões mais sólidas são tomadas para dentro, muitas vezes sem sequer pedirem o nosso consentimento, são tomadas por causa de uma acção rápida, um olhar, um toque, um pequeno movimento, uma palavra, um som e... todos os anos que nos levou a crescer, todas as regras que sentimos a desenvolverem-se connosco, todos os princípios com que nos educaram, todas as imagens que vimos, foram postas em causa para tomar uma nova decisão. Tudo isto, para mais uma vez cairmos no habitual erro, de não sair do standard, de voltar a fazer tudo o que os nossos pais, família, regras, princípios, ideais, sempre nos mostraram que iríamos fazer, para que todo esse conjunto de dogmas que não nos permitem ver o mundo com os olhos do companheiro do lado, volte a sair mais forte. Não se trata de mais uma frustração, nada disso, trata-se sim do obvio, daquilo que alguns se recusam a acreditar, não passamos de meras maquinas, sofremos pequenas mutações mas raramente algo que faça toda a diferença, talvez alguns saiam do espectro do seu próprio standard, Leonardo Da Vinci, Galileu, Pitágoras, figuras únicas que se destacaram por esta ou por outra razão, por terem arranjado maneira de espreitar o que diziam não fazer sentido, o impossível. O impossível que gostava de descobrir não diz respeito a números, nem desafia as leis que dizem ser da física, implica pessoas. Gostava de saber porque, embora não nos vistamos todos de cinzento, porque acabamos todos por nos vestir como os nossos pais por mais que o combatamos, porque somos iguais se todos nós dizemos que não é assim que queremos ficar, queremos mais, queremos melhor, queremos ver o que eles nunca viram porque sabemos o que é, só não percebemos como vamos ficar a ver o que os anos que vivemos não nos deixa.
  Mais um grupo de frase complicadas para problemas simples. É o delírio!



Sitios onde não se pensa nestas coisas...

sexta-feira, março 10, 2006

Vinte e quatro...

  Pois é... o inicio da minha vigésima quarta volta ao sol aproxima-se a uma velocidade vertiginosa (segundo a NASA a 29,78Km/H).
  O que tenho a dizer? Muita coisa. O que vou dizer? Quase nada. Nestes vinte e quatro anos vivi como qualquer outro jovem adulto da minha idade, entre a MTV e os que nos tentam impingir que dantes tudo era pior que hoje, claro, com excepção das maneiras e tradições, o pudor e educação, as grandes figuras e os revolucionários.
  A mim, tal como a muitos outros jovens adultos, tanto faz como tenha sido o passado, pois tal como os nossos pais, irmãos e mesmo futuros filhos, o mundo só começou a existir a partir do momento em que nascemos e a terra só se mexe onde nós estamos, tudo o resto é cenário. Claro que procuramos raízes, gostamos de saber de onde viemos e porque pensamos como pensamos se ninguém nos enfiou estas ideias estapafúrdias na cabeça, mas as peças nunca ligam muito bem. Por mais estranho que seja, a dificuldade em imaginar um mundo diferente do qual em que vivemos é grande.
  Com simples exercícios mentais conseguimos logo perceber isto (pelo menos eu consigo, portanto imagino que seja fácil), reparem em algo que fazem todos os dias com o maior desprezo e tentem imaginar como alguém se lembrou disso, veram que dificilmente se lembrariam de algo semelhante tendo em conta a época em que essa acção começou a ser realizada, calçar as meias é um dos meus exemplos favoritos, não sei quem foi o primeiro, mas não acredito que tenha feito sentido para todos ao mesmo tempo. É uma observação parva, mas realista, tentem se abstrair do quão disparatado é.
  Todos os dias acordo e há coisas que nunca deixei de ver, mas que no entanto para os meus pais e talvez até pessoas mais novas ainda é uma novidade. Aqui vão alguns exemplos, caixas Multibanco, televisão a cores, a Europa, relógios digitais e claro lojas que estão tão representadas em Portugal como em Nova York ou Paris, a lista não acaba por aqui (são as que me consegui lembrar em menos de um minuto). Para mim a mais flagrante é a caixa Multibanco, que é algo que não consigo imaginar não existir, mais ou menos como os Jackson 5 terem existido efectivamente e o Michael Jackson ser aquele miúdo pequeno, ou mesmo o Mário Soares ter sido novo em tempos, poupem-me!
  Seja como o for, a vida dos jovens adultos de 24 anos acredito que não se faça do passado (especialmente porque ainda houve pouco tempo para isso, embora haja muito boa gente que já tenha feito as coisas mais relevantes na sua vida com esta idade), mas do futuro (mas que frase inspiradora!).
  Especialmente em Portugal, quem tem a minha idade é o primeiro fruto de uma geração que começou a pensar com a Europa, para quem as fronteiras nunca fizeram muito sentido, pois o lógico é ligar todos os pontos de forma a que Portugal, América, China, Brasil, Rússia seja tudo uma questão de pontos geográficos mas não de distância. Tal como as gerações anteriores, iremos ser nós a mudar o mundo, pois o que nos permite pensar assim é a Europa, a educação, as oportunidades, os filmes, a publicidade, os cereais que como de manhã, o pingo doce, a mens health, a maxim, a surfportugal, a televisão, os jornais e toda aquela informação útil e fútil que se mistura na minha cabeça que nunca foi e provavelmente nunca irá ser filtrada.
  Em suma vinte e três F.U.B.A.R. years! Que venha mais um.



Hoje talvez sejam o dobro dos copos...

segunda-feira, março 06, 2006

Objectivo para o verão de 2006:
---------Apanhar aquele comboio...

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

O almocinho...

-Hoje cozinhei um bife... tarefa totalmente inocente para alguns, mas mais uma aventura para mim.
-Não sou daquelas pessoas que nunca cozinhou na vida, muito menos alguém que não goste cozinhar, ou que não deseje aprender a cozinhar. Mas prefiro comer. Como hoje tinha tempo, depois das aulas, lancei-me pela internet fora em busca de receitas simples, baratas e rápidas. Encontrei uma receita para uns bifes com mostarda, agradou-me. Como qualquer informático que se preze, o primeiro passo foi o levantamento de requisitos, margarina, bife, sal, pimenta, mostarda, vinho, alho, leite e natas. Como não haviam alguns dos ingredientes, parti para o supermercado orgulhoso com as compras que ia fazer, afinal de contas não vou todos os dias ao supermercado com uma ideia definida do que vou comprar (é estranho mas verdade), quando lá cheguei, fiz um ar de entendido cada vez que me aproximava das prateleiras para comprar mais um ingrediente. Reunidos todos os requisitos, iniciei a parte culinária! Segui a receita passo a passo, que não custou muito visto só ter dez linhas. Devo dizer que foi um sucesso, um bife com molho de natas e mostarda que era uma maravilha!
-Esqueci-me de tirar uma fotografia ao bife, mas tiro aos próximos almoços que fizer assim.
-Acho que vou apostar um pouco nesta área, estranhamente é muito relaxante.
-Quando tiver confiança suficiente talvez faça alguns almoços para mais gente, quem quiser que se inscreva, mas por enquanto é melhor apostar na estabilidade da minha cozinha, para o bem das barrigas alheias.

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Ideias para Portofólio

Quem já foi ao Catacumbas, no bairro? Pois, eu procuro amigo com quem me tornar bêbado profissional e grande apreciador de Jazz e Blues.
Na minha faculdade existe uma cadeira chamada Portofólio, essa cadeira repete-se por quatro semestres e consiste em fazer o que se quiser. Quem quiser ficar a olhar para um aquário à observar o comportamento dos peixinhos, mesmo que frequente o curso de Engenharia Informática, pode. O que interessa é propor-se a fazer algo, fazer o que se propôs a fazer e por fim entregar um relatório explicando como isso melhorou as suas capacidades como pessoa. Não existe qualquer tipo de classificação, apenas uma indicação se realizou o que se propôs a fazer ou não. Cadeiras úteis... enfim.
Seja como for, como sempre o dono deste umbigo, está inscrito nesta espectacular e ultra produtiva cadeira obrigatória. Já tive algumas ideias interessantes a propor, desde surfar, a um curso de culinária, passando por uma sugestão de uma professora que parece ter evaporado (a professora), pois não responde a mails. Hoje, enquanto ouvia o mais recente disco comprado cá em casa, da colecção BD Jazz, o do Ray Charles! Tive uma ideia (encostei-me a um canto e esperei que a febre desaparecesse, mas ideia teima em não me deixar), é simples, que tal propor ao senhor que supervisiona esta maravilhosa cadeira, copiada dos USA mas transformada para a nossa realidade (que a torna muito mais útil e interessante), tornar-me num apreciador e critico profissional das noites de musica do Catacumbas no Bairro Alto. Parece-me bem! Para isso preciso, primeiro, de beber muito e sempre, pois um critico de Jazz não vale a pena se não estiver completamente grogue no fim de cada concerto. Depois é necessário ir ao Catacumbas todas as segundas, terças e quartas e ao Hot Club nos outros dias, pois todos os concertos contam e como não sei muito sobre Jazz, tenho de comer tudo o que faça barulho. Por fim e o mais difícil, tornar-me no maior criminoso de mp3, adquirir toda a musica da internet e ouvi-la vezes sem conta, para que fique a saber o que se passa por ai (ou então para que fique suficientemente doido, para que não consiga parar de bater o pé ao som da bateria que irá ficar a tocar o tempo todo na minha cabeça). Depois de já estar com esta pedala toda, à que investir no "look", comprar um blazer, velho e completamente podre, a cheirar a uma mistura de álcool e tabaco, de quem fuma pelos bolso e bebe pelas mangas. A partir daqui, só mesmo, as garage sales na Califórnia, os passeios pelo Mississipi e claro... as noites nas caves de Nova York. Paris também tem coisas a dizer, mas claro que a América é a fonte, além disso, sempre é uma homenagem aos criadores desta bela cadeira que foi importada por Portugal.
Com tudo isto, tenho de terminar explicando que é necessário saber escrever como os melhores escritores de Portugal, mas nunca lançar um livro, pois um critico Jazz, tem de ser do mais podre que há.
Depois de toda esta reflexão, cheguei à conclusão que tinha de aprender a escrever, então este semestre inscrevi-me num modulo de língua portuguesa para comunicação profissional e vou fazer isso como Portofólio, mas ainda tenho mais três semestres para realizar esta grande ideia, portanto, desde já, aceito candidaturas para companheiro na vida critico.

(credo! tanta asneira!)

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Aprendendo em São Valente...

Mais uma vez dia dos namorados.
Claro que o cromo que escreve este texto anda desamparado e pede, a quem quiser dar, uma namorada. Aprendi isto ontem, com um escritor, num documentário, chama-se Luiz Pacheco. De resto esta minha condição de não ter namorada possibilita-me, apanhar grandes secas, mas também aculturar-me com coisas que não interessam a ninguém, excepto a uns quantos intelectuais, que julgam ser obrigação conhecer figuras diferentes e com novos pontos de vista (neste caso aparentemente pouco lúcidos, mas provocadores), pois tudo o resto já conhecem ou desconhecem, porque conhecem o suficiente, para não se interessar em conhecer coisas assim. Esta condição de solitário, à qual já estou habituado e mais importantemente gosto, só ontem permitiu-me ficar a conhecer um pouco de três pessoas e dois trabalho, que provavelmente a partir de hoje irei associar para sempre com o que quero e não quero fazer. Para satisfazer a curiosidade, as figuras tratam-se de, Agostinho Silva, que foi uma boa surpresa ao fim da noite descobrir que eu não estou doido e que existem pessoas letradas que partilham alguns pontos de vista semelhantes aos meus, Luiz Pacheco, de quem não fiquei a gostar porque não fui educado para me dar bem nem com a provocação nem com a selvajaria mas que afinal de contas há algo que me diz que sempre o quis conhecer para me desafiar, o senhor que diz adeus, o homem com despedir mais triste de toda a Lisboa. Os trabalhos, foram de longe os que mais me emocionaram, afinal de contas é para isso que servem, "Lisboa, cidade triste e alegre", acho difícil tão cedo voltar a encontrar alguém que me explique o que era Lisboa antigamente, "Falta-me", este não se pode contar só se pode ver mas obriga a imaginação a trabalhar quando o filme acaba.
Infelizmente, não estou aqui para contar a história de outros, provavelmente não as contaria bem, relataria o que eu aprendi e além disso, este é um blog egocêntrico, é para o meu umbigo. Voltemos ao tema, São Valentim, as namoradas, o tempo que ocupam e a raiva que consome todos os solitários do mundo em existir um dia em que se festeja os casais e não os solitários...
Bem a história é essa, vou sair para ir buscar o casal que me criou...

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Sem nada para dizer...


-A minha vida é feita de exames e aulas... YAHOOOO!!!!! Mal posso esperar para entrar no maravilhoso mundo de trabalho. Então agora, com o Cavaco ao volante, até choro!
-Estou sentado ao computador, já lá vão umas valentes horas e sinceramente quando comecei a contar o numero de ícones no desktop, cheguei a uma dura, mas real e sincera opinião, isto não está adiantar grande coisa. Portanto enchi-me de coragem e desatei a escrever, de resto antes deste texto escrevi para ai uns dez, mas apaguei-os, achei que podiam ganhar o próximo Nobel da Literatura e não quero tanta publicidade. Seja como for parabéns a mim pelos excelentes textos anteriores, estavam mesmo bons!
-Como já contei tenho andado a passar muito tempo, no centro comercial em frente a minha casa a tentar estudar, mas de facto as pessoas parece muito mais interessante que qualquer matéria leccionada no meu curso. Em frente a minha casa existe também uma escola secundária, uma escola como qualquer outra. Como quaisquer outros alunos de outra qualquer escola, estes também acham que os intervalos de dez minutos são efectivamente de vinte e que uma boa maneira de perder esses vinte minutos, é ir dar um passeio até ao café do shopping e lixar a cabeça ao anormal que lá anda sempre enfiado a marrar, gritando e cantando como se fosse obrigatório mostrar ao mundo inteiro que a idade do armário é uma fase obrigatória na vida de qualquer animal, desta forma arranjando maneira do marrão se questionar de como não teve esta fase da vida tão agravada quanto isso!
-No final deste belo texto, a questão que se põe é, valerá a pena escrever quando não se têm nada para dizer?

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Crises habituais...


-Mais uma vez, a questão da semana é... serei atrasado mental? Definitivamente, parece-me que sim. Porquê? Perguntam-se os raros leitores deste blog em decomposição, porque daqueles famosos 10% que o nosso cérebro utiliza, eu uso 1/5, por outras palavras sou anormal. Como se não bastasse ser essa a percentagem de cérebro que tenho activa, a parte activa resume-se ao bocado do cérebro responsável por ver e maioritariamente criar situações imaginárias, mas apenas no meu subconsciente, que por vez trata de enviar impulsos para o resto do meu corpo como o que se estivesse a passar fosse real. Ora bem... cá vai a história de hoje, que como todas as histórias que aparecem por aqui não têm qualquer lógica ou interesse, de resto quem se dedicar a ler este pequeno conto, o tempo que perder não irá ser possível de reaver, sendo esse espaço verdadeiramente inútil e até em alguns casos, mau. Tenho um exame daqui a três semanas, como este ano me decidi empenhar e mostrar à família como a questão da percentagem de cérebro que utilizo é real, cheguei à conclusão que o melhor era cortar com tudo o que possa gostar e dedicar-me única e exclusivamente a algo que me deixa completamente deprimido, estudar. Seguindo esta linha de pensamento e já tendo em conta que até mereço não apanhar uma depressão valente, tenho passado grande parte do tempo de estudo a estudar no centro comercial em frente a minha casa, assim o estudo sempre é alternado com os triliões de vidas que um centro comercial contem e mostra e com a presença esporádica de alguns amigos. -Hoje, tal como ontem e antes de ontem, fui estudar para o tal centro comercial, depois de algumas horas de estudo, aparece a namorada de um dos meus amigos de infância, ela também amiga de infância, acompanhada pela a irmã de uma amiga do secundário da minha irmã mais nova, uma rapariga gira e também provavelmente demasiadamente nova, cumprimentam-me e em resposta, como sempre faço, solto um grunhido, algo do género "humpfmrm", que em linguagem Duarte significa mais ou menos, "Olá! Então tudo bem? A família? Cão? Gato? e etc... Tudo na boa?", claro que disto apenas fica o "Olá" como compreendido, mas como a personagem principal já me conhece à muito não alongou muito a conversa, provavelmente pensado, "continua mal educado", ou ainda mais erradamente, "coitadinho está tão concentrado a estudar". Seja como for ela e a sua amiga gira lá se foram sentar numa das três mil mesas da zona de restauração do centro comercial. Aqui é preciso fazer o ponto da situação relativamente a que são raparigas giras para mim, tudo o que não tenha bigode e possa usar saias, ou pelo menos próximo disso, veja-se a minha situação, eu ando numa faculdade onde existem mais ou menos 5% de raparigas (voltando às percentagens) e embora para engenheiras estejam todas dentro da média, para pessoas é outra conversa, agora passo a maior parte do meu tempo num centro comercial, onde como devem imaginar já não vejo pessoas mas sim matérias de estudo, pois grande parte estão constantemente a repetir-se, as poucas pessoas que são novas ao serviço, são consideras como pessoas, ou seja, uma rapariga gira entende-se como, alguém que não me lembre exames, mas neste acaso a pobre da miúda até é gira. Continuando, após este encontro deveras interessante continuei a tentar estudar, mesmo que a minha cabeça estivesse constantemente a ver se percebia a razão daquela associação, amiga de infância, irmã da amiga da minha irmã mais nova, pois são essas as coisas que me entretêm verdadeiramente, seja como for, olhava para os livros como se a minha cabeça fosse capaz de decifrar toda aquela matéria de base de dados escrita pelo inglês mais erudito de toda a França! Sublinhando tudo o que a minha mão mandasse pois a minha cabeça já lá ia, a fazer longas metragens de onde tinha começado aquela amizade e qual o ponto de encontro entre estas duas personagens. Nisto chega mais uma rapariga, esta também gira e igualmente nova demais, mas esta já eu tinha visto varias vezes, de resto a pobre miúda já tinha calhado em algumas conversas sobre raparigas que se destacavam na zona, com os meus camaradas de dolce fare niente, conversas de homens à antiga, nada de muito bonito nem orgulho. Seja como for visto o panorama, o desinteresse no estudo tornou-se total e absoluto, a mesa apenas a uns metros de distância tornava-se muito mais interessante, bem que tentava ouvir o que se passava do que se falava, mas aparentemente os meus ouvidos no caso daquele centro comercial apenas conseguem sintonizar a frequência da rádio de alta qualidade que passa todos os dias naquele sitio, claro que como é obvio continuava a fazer os gráficos todos de relações possíveis entre aquelas três personagens daí facilmente saltamos para os géneros musicais preferidos, filmes, livros, hábitos alimentares, enfim... tudo o que me lembrei, alguns decepcionantes (como não poderia deixar de ser), outros interessantes (mas raramente surpreendentes, visto ser eu que chegava às conclusões com base em nada). Mesmo com tudo isto ainda me esforçava por estudar mais um pouco, repetia incessantemente, Base de dados é mais interessante que relações sociais, mas não, não é, sejamos honestos, base de dados é uma seca quando comparado com os mistérios das conversas das raparigas, ou mesmo com outra coisa qualquer, base de dados é uma seca e relações sociais sob o ponto de vista empírico não (bonito!).
-No meio disto chega mais uma personagem da minha infância uma rapariga casada, com uma personagem dos morangos com açúcar que nunca tinha visto, cumprimenta-me e leva com o mesmo tratamento da amiga anterior, "humpfmrm", como me conhece decide da mesma forma não alongar a conversa, junta-se à mesa, agora a mesa ainda fica mais interessante, visto haver duas personagens que conheço bem, e três que não faço ideia de quem são, ainda melhor quando se realiza que uma das personagens é provavelmente uma das pessoas mais destravadas que conheço, a vida é um carrinho de rolamentos e nós vamos descer o evereste, este género de loucura.
-Bem e eis que é chegado o momento da decisão lógica e racional, chega o namorado da primeira amiga que chegou, cumprimenta-me, levando com o tratamento habitual, "humpfmrm", mas como me conhece e percebe todo o sentido desta maravilhosa, lógica e sintetizada frase, fica à conversa, no meio da conversa pergunta, "junta-te a nós ali na mesa", a que eu logicamente respondo, "não. tenho de estudar". Ora bem! Eu recuso o convite para algo que andava ansiar ouvir desde à pelo menos 1/2 hora, como se isso não bastasse, possibilidade de travar amizade com umas raparigas giras e tal... e decido que é naquele momento que tenho de estudar.
-Se alguém descobrir alguma associação onde distribuam cartões de atrasado mental, preciso de um ou dois.