quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Ideias para Portofólio

Quem já foi ao Catacumbas, no bairro? Pois, eu procuro amigo com quem me tornar bêbado profissional e grande apreciador de Jazz e Blues.
Na minha faculdade existe uma cadeira chamada Portofólio, essa cadeira repete-se por quatro semestres e consiste em fazer o que se quiser. Quem quiser ficar a olhar para um aquário à observar o comportamento dos peixinhos, mesmo que frequente o curso de Engenharia Informática, pode. O que interessa é propor-se a fazer algo, fazer o que se propôs a fazer e por fim entregar um relatório explicando como isso melhorou as suas capacidades como pessoa. Não existe qualquer tipo de classificação, apenas uma indicação se realizou o que se propôs a fazer ou não. Cadeiras úteis... enfim.
Seja como for, como sempre o dono deste umbigo, está inscrito nesta espectacular e ultra produtiva cadeira obrigatória. Já tive algumas ideias interessantes a propor, desde surfar, a um curso de culinária, passando por uma sugestão de uma professora que parece ter evaporado (a professora), pois não responde a mails. Hoje, enquanto ouvia o mais recente disco comprado cá em casa, da colecção BD Jazz, o do Ray Charles! Tive uma ideia (encostei-me a um canto e esperei que a febre desaparecesse, mas ideia teima em não me deixar), é simples, que tal propor ao senhor que supervisiona esta maravilhosa cadeira, copiada dos USA mas transformada para a nossa realidade (que a torna muito mais útil e interessante), tornar-me num apreciador e critico profissional das noites de musica do Catacumbas no Bairro Alto. Parece-me bem! Para isso preciso, primeiro, de beber muito e sempre, pois um critico de Jazz não vale a pena se não estiver completamente grogue no fim de cada concerto. Depois é necessário ir ao Catacumbas todas as segundas, terças e quartas e ao Hot Club nos outros dias, pois todos os concertos contam e como não sei muito sobre Jazz, tenho de comer tudo o que faça barulho. Por fim e o mais difícil, tornar-me no maior criminoso de mp3, adquirir toda a musica da internet e ouvi-la vezes sem conta, para que fique a saber o que se passa por ai (ou então para que fique suficientemente doido, para que não consiga parar de bater o pé ao som da bateria que irá ficar a tocar o tempo todo na minha cabeça). Depois de já estar com esta pedala toda, à que investir no "look", comprar um blazer, velho e completamente podre, a cheirar a uma mistura de álcool e tabaco, de quem fuma pelos bolso e bebe pelas mangas. A partir daqui, só mesmo, as garage sales na Califórnia, os passeios pelo Mississipi e claro... as noites nas caves de Nova York. Paris também tem coisas a dizer, mas claro que a América é a fonte, além disso, sempre é uma homenagem aos criadores desta bela cadeira que foi importada por Portugal.
Com tudo isto, tenho de terminar explicando que é necessário saber escrever como os melhores escritores de Portugal, mas nunca lançar um livro, pois um critico Jazz, tem de ser do mais podre que há.
Depois de toda esta reflexão, cheguei à conclusão que tinha de aprender a escrever, então este semestre inscrevi-me num modulo de língua portuguesa para comunicação profissional e vou fazer isso como Portofólio, mas ainda tenho mais três semestres para realizar esta grande ideia, portanto, desde já, aceito candidaturas para companheiro na vida critico.

(credo! tanta asneira!)

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