sexta-feira, abril 22, 2005

Temas

O papa é um piloto nazi. Dispararam sobre o Farense. Em Espanha os gays vão se casar e adoptar crianças. O pessoal do CDS chora porque o Portas se despede. A casa da musica é apelidada de O.V.N.I.. Não à ondas. Conheci um pescador, que era bodyboarder e que me contou que ia chamar o irmão para dar um tiro a um amigo dele. Tive um teste às 10 da noite e ia desfalecendo de sono. O carro de vez em quando não pega. Tenho uma foto tirada por mim na beachcam.pt. Ando a marrar como se não houvesse amanhã. Hoje vi o óleo do carro. Ando a gastar muito dinheiro na noite. Durmo pouco e bebo muito café. Sou um menino da mamã. Os meus amigos. O dia. A noite.
E a minha mãe está a pôr a sopa na mesa!
Tantos temas e tão pouco tempo para escrever.

sexta-feira, abril 15, 2005

A festa!

-Ora bem... são 3:32 da manhã e... estou a pé.
-Parece-me grave, especialmente tendo em conta que amanhã tenho aulas e até convinha marrar alguma coisa. Esta semana que termina hoje, foi a minha semana de descanso antes de entrar num difícil e movimentado período de testes e projectos, por isso antes de começar, prometi a mim mesmo que iria, surfar, jantar fora, estar com os amigos, curtir, estudar com calma e avançar os projectos, chegado o fim de semana e... nada, nickles, niente, rien, nothing, chingchong chu (chinês :P), não fiz nada disso, amigos e jantares, nem os vi, ondas... claro que Neptuno não podia cooperar e decidiu guardar para as semanas de testes todas as ondas, deixando nesta semana o mar como um lago, estudar correu bem, mal, acabei por tentar estudar muito, mas com resultados muito fracos e projectos, à dois dias que ando a tentar começar o projecto de compiladores, mas claro que sem sucesso. Por isso, mesmo sabendo que a probabilidade de todos os amigos com quem combinei se cortarem é muito alta, marquei uma bruta de uma bebedeira, não... não estão a entender, só vou parar de beber quando o médico me tirar a garrafa da mão, mas tendo em conta a espectacular semana, o provável é ficar em casa a escrever outro post para este blog, que já tresanda a naftalina.
-Seja como for (e basicamente porque não tenho nada de interessante para dizer), amanhã vou à festa, melhor estou a pensar em ir à festa. Trata-se de mais uma festa temática do F.M.H. (faculdade de motricidade humana, por outras palavras, professores de ginástica e instrutoras de aeróbica), o tema é, os semáforos. Não. O objectivo não é a prevenção rodoviária (a 0.50€ a imperial, só se fosse um desafio à prevenção rodoviária). A festa do semáforo já é um ritual antigo nesta faculdade, ora bem, para que a festa funcione em pleno, cada pessoa que vá à festa tem de levar uma peça de roupa verde, amarela ou vermelha, porquê? Porque cada uma das cores representa o seu estado amoroso, verde - "vou-te comer!", amarelo - "ando com fome mas sou tímido(a)", vermelho - "a minha outra metade está no Brasil durante este mês", sim senhor, é uma festa de engate, da pior espécie! Quem lá está, só o está por duas razões, ou quer cerveja barata (o meu caso), ou quer acordar no dia seguinte sem saber da roupa.
-Eu vou de amarelo, sou tímido? Um bocado, mas não tenho t-shirts verdes.

Eu devia era ir dormir...


É sempre a mesma vista, até cansa!

quarta-feira, abril 13, 2005

João o Smint-ó-maniaco!

-Acabo de regressar de um dos meus locais de peregrinação diária, o Pingo Doce do Shopping de Miraflores. Quando cheguei à caixa reparei em algo pouco habitual, 90% do consumidores desta hora são avôs e avós, com os seus respectivos netos, o que é natural, visto que hoje em dia grande parte dos casais trabalha mas as aulas dos mais novos continuam a terminar às 17:00, ficando estes sob a responsabilidade dos avós, que são reformados, simpáticos e tem orgulho nos netos. Os netos não são os mesmos que eram quando eu era pequeno, hoje em dia, as avós são modernas e os netos envergam camisolas do colégio Luso-Suiço, ou fardas de colégios tão ou mais restritos. Todos eles tem um ar diferente do que tinham os meus colegas de supermercado quando era pequeno, acho que os meus colegas a única coisa que podiam ter destes colégios era um relógio que tinha sido gamado a um aluno desse colégio, mas visto serem meus colegas de supermercado, sempre tive sorte e tratavam-me bem. Seja como for eu acho que o cenário de hoje é bem mais assustador, pois qualquer criança com uma vestimenta daquelas, está a afirmar "tem cuidado comigo, que daqui a uns anos sou eu quem te vai pagar o ordenado". Enfim Miraflores está mais rico, mas também mais perigoso.
- Já temos o cenário montado agora, a história. À minha frente na fila para a caixa, calhou estar o João, que devia ter entre 7 a 9 anos e a sua avó. Tudo corre bem, o João corre de um lado para o outro, fazendo justiça ao boneco do Tazminian Devil que tem desenhado nas calças, enquanto a avó tenta desesperadamente acalma-lo. Nisto o João vê um pacote de Smints, que brilhava com a luz e claro que pergunta à avó se pode levar para comer (pois a quantidade astronómica de KitKats e queijinhos não chegavam para o metabolismo dele), ao que avó responde: "não, isso é só para adultos". Este tipo de coisas sempre me fizeram confusão, dar razões para não se fazer algo, que nada têm a ver com a razão real. É que na minha opinião uma criança na idade do João fica marcada para sempre com uma afirmação destas, a mim uma vez chamaram-me a atenção (numa mesa onde só havia destros) que toda a gente comia com os talheres de forma diferente da minha (eu sou canhoto), o resultado foi catastrófico, pois a primeira dedução que fiz daquela frase foi: "é pá! estou a fazer isto ao contrario.", o que fez com que hoje em dia, cada vez que me sento à mesa tenha de pensar com que mão vou comer a sopa e com que mão vou comer o prato principal, para onde vão os talheres?! Não parece chato, mas garanto que é, pois quando se fica nervoso, é a confusão geral, e claro que comer sopa com a mão a que não se está habituado passa a demorar 5 vezes o tempo habitual. No caso do João podem acontecer duas coisas, ou ele é muito respeitador e nunca chegará a experimentar Smints excepto quando se achar suficientemente adulto para uma experiência nova e alucinante como essa, ou a partir de amanhã o João irá começar a caminhar o difícil percurso dos Smint-ó-dependentes.
- Em todo o caso, se daqui a uns anos, quando já tiverem na meia idade, aparecer um rapaz mais novo que irá ser o vosso novo patrão, importado dos melhores colégios, a comer freneticamente Smints, é o João.

-Até parece que tenho pouco para fazer...

Miau...

Rasheed fica sério. (inspirado por um amigo)

-Como perceber quando é a sério?
-Um amigo meu, escreveu sobre outro meu amigo, que parece ter percebido que para ele, agora é a sério. A mim parece-me difícil compreender isso, especialmente porque ainda não consegui perceber bem, para que ser sério. Não quais os benefícios e objectivos de passar a encarar a vida a sério, mas... qual o ponto para que hei de apontar para ser sério. Por outras palavras, não faço ideia do que quero fazer, acho que poucos com a minha idade sabem, ou então são tão medrosos como eu e recusam-se a fixar-se numa ideia do que querem atingir por lhes parecer demasiado monótono, ou por simplesmente acharem que jamais iram atingir esse ponto. Ser sério é decidir que é chegada a altura de andar para a frente e não se deixar atrapalhar pelos os que o rodeiam, é perseguir objectivos porque são necessários e não porque ajudam ou porque "cumprir objectivos é uma coisa boa", é preciso ter uma noção muito clara do que se quer fazer para se ser sério, basicamente é preciso coragem. Nunca fiz nada sendo sério, até hoje não foi preciso. Quando for preciso ou vou estar numa grande alhada, ou descobri alguma coisa milagrosa em que me focar. O ser sério não significa andar com um ar de quem não ri, deixar amigos, ou entrar na funçanguice para fazer o que se quer, ser sério é finalmente passar a fazer tudo por alguma razão, ter percebido que o que se está a fazer tem um significado para nós. Não ser sério também não quer dizer que nos estamos a marimbar, mas quem não o é ainda não encontrou rumo, anda à deriva, à quem o ande a vida toda, provavelmente não é muito agradável viver sem saber porquê, ou fazer perguntas metafísicas como esta durante anos a fio.
-Eu acredito que isto tem fim, o meu amigo cada vez mais aparenta estar a tentar acabar com a pergunta dele. À bem pouco tempo ele disse-me que queria finalmente deixar de ocupar espaço, para ter direito a espaço, eu não acreditei muito (pois o historial não era o mais animador), mas dei-lhe força e tentei incentiva-lo, é bom saber que à mais amigos a acreditar no meu amigo, espero que não pare de ficar sério.


Estou-te a ver!

sexta-feira, abril 08, 2005

Umas fotos para animar o pessoal!




Um dia no Guincho.
Na semana passada.



Esta ainda é de 17 de Março.

sexta-feira, abril 01, 2005

Dançamos ou choramos...

-Este foi o cenário com que me deparei ao passar pelo shopping, quando chegava da escola, um padre, um reformado a segurar uma cruz que vale quatro vezes a sua reforma e pesa cinco vezes aquilo o que o reumático permite pegar, cinco reformadas a arrastar uma grande tira de plastico com algo escrito, uma banda que tocava viola como quem toca tambor, uns quantos desconfiados, uns quantos curiosos, uns quantos fieis e um enorme ataque de panfletos religiosos/publicitários. A primeira coisa que me veio à cabeça foi o Papa, "morreu..." achei eu, mas rapidamente percebi que esta não era gente desse meio, o Papa não interessa para este pessoal, pois a tira de plastico arrastada pelas cinco senhoras de idade avançada (como não poderia deixar de ser) tinha escrito em azul e amalero, "Missão na cidade", "Anuncio da boa nova". Ainda tentei ligar a boa nova ao estado de saude do Papa, mas não fazia grande sentido, pois não acreditei que o estado dele tivesse mudado desde manhã.
-De facto a "Missão na cidade" não foi muito feliz no calendário, eu não sou muito religioso, mas acho estranho e de alguma maneira desrespeitouso que venha quem acredita na palavra de Cristo, espalhar esta de uma forma tão alegre em momentos de luto.
-Se há altura para rezar é agora, não só pela vida de Karol Wojtyla mas também pelo fim desta, sendo essa talvez a melhor maneira de recompensar o Papa que uniu povos e religiões. Uma das poucas razões para acreditar na Igreja.


A alegria a partir de janela do meu quarto.
1/04/2005

O centro do mundo no meu umbigo

-O centro do mundo no meu umbigo, porquê? Porquê está ele no meu umbigo e não no umbigo de outra pessoa? Será que sou tão egocentrico que não consigo ver nada para além do meu proprio umbigo? Não. Não é nada disso, o centro do mundo no meu umbigo, porque é a partir daí que o meu mundo gira, à minha volta, é diferente para vocês? Olhem à vossa, o que vêem? Pois... só vêem o que está à vossa volta, não vêem o que está para além do que por ai anda, já conseguir ver isso é uma sorte. Nunca percebo como é que está frase é adpatada para defenir atitudes de egoismo, afinal, não é mais do que uma constatação. Este é o meu ponto (X,Y) no mundo. O meu umbigo. Se alguma vez quiser pôr um detector para perceber onde me encontro, irei coloca-lo no meu umbigo.
-O estudo anda a matar-me!!!