quinta-feira, fevereiro 23, 2006

O almocinho...

-Hoje cozinhei um bife... tarefa totalmente inocente para alguns, mas mais uma aventura para mim.
-Não sou daquelas pessoas que nunca cozinhou na vida, muito menos alguém que não goste cozinhar, ou que não deseje aprender a cozinhar. Mas prefiro comer. Como hoje tinha tempo, depois das aulas, lancei-me pela internet fora em busca de receitas simples, baratas e rápidas. Encontrei uma receita para uns bifes com mostarda, agradou-me. Como qualquer informático que se preze, o primeiro passo foi o levantamento de requisitos, margarina, bife, sal, pimenta, mostarda, vinho, alho, leite e natas. Como não haviam alguns dos ingredientes, parti para o supermercado orgulhoso com as compras que ia fazer, afinal de contas não vou todos os dias ao supermercado com uma ideia definida do que vou comprar (é estranho mas verdade), quando lá cheguei, fiz um ar de entendido cada vez que me aproximava das prateleiras para comprar mais um ingrediente. Reunidos todos os requisitos, iniciei a parte culinária! Segui a receita passo a passo, que não custou muito visto só ter dez linhas. Devo dizer que foi um sucesso, um bife com molho de natas e mostarda que era uma maravilha!
-Esqueci-me de tirar uma fotografia ao bife, mas tiro aos próximos almoços que fizer assim.
-Acho que vou apostar um pouco nesta área, estranhamente é muito relaxante.
-Quando tiver confiança suficiente talvez faça alguns almoços para mais gente, quem quiser que se inscreva, mas por enquanto é melhor apostar na estabilidade da minha cozinha, para o bem das barrigas alheias.

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Ideias para Portofólio

Quem já foi ao Catacumbas, no bairro? Pois, eu procuro amigo com quem me tornar bêbado profissional e grande apreciador de Jazz e Blues.
Na minha faculdade existe uma cadeira chamada Portofólio, essa cadeira repete-se por quatro semestres e consiste em fazer o que se quiser. Quem quiser ficar a olhar para um aquário à observar o comportamento dos peixinhos, mesmo que frequente o curso de Engenharia Informática, pode. O que interessa é propor-se a fazer algo, fazer o que se propôs a fazer e por fim entregar um relatório explicando como isso melhorou as suas capacidades como pessoa. Não existe qualquer tipo de classificação, apenas uma indicação se realizou o que se propôs a fazer ou não. Cadeiras úteis... enfim.
Seja como for, como sempre o dono deste umbigo, está inscrito nesta espectacular e ultra produtiva cadeira obrigatória. Já tive algumas ideias interessantes a propor, desde surfar, a um curso de culinária, passando por uma sugestão de uma professora que parece ter evaporado (a professora), pois não responde a mails. Hoje, enquanto ouvia o mais recente disco comprado cá em casa, da colecção BD Jazz, o do Ray Charles! Tive uma ideia (encostei-me a um canto e esperei que a febre desaparecesse, mas ideia teima em não me deixar), é simples, que tal propor ao senhor que supervisiona esta maravilhosa cadeira, copiada dos USA mas transformada para a nossa realidade (que a torna muito mais útil e interessante), tornar-me num apreciador e critico profissional das noites de musica do Catacumbas no Bairro Alto. Parece-me bem! Para isso preciso, primeiro, de beber muito e sempre, pois um critico de Jazz não vale a pena se não estiver completamente grogue no fim de cada concerto. Depois é necessário ir ao Catacumbas todas as segundas, terças e quartas e ao Hot Club nos outros dias, pois todos os concertos contam e como não sei muito sobre Jazz, tenho de comer tudo o que faça barulho. Por fim e o mais difícil, tornar-me no maior criminoso de mp3, adquirir toda a musica da internet e ouvi-la vezes sem conta, para que fique a saber o que se passa por ai (ou então para que fique suficientemente doido, para que não consiga parar de bater o pé ao som da bateria que irá ficar a tocar o tempo todo na minha cabeça). Depois de já estar com esta pedala toda, à que investir no "look", comprar um blazer, velho e completamente podre, a cheirar a uma mistura de álcool e tabaco, de quem fuma pelos bolso e bebe pelas mangas. A partir daqui, só mesmo, as garage sales na Califórnia, os passeios pelo Mississipi e claro... as noites nas caves de Nova York. Paris também tem coisas a dizer, mas claro que a América é a fonte, além disso, sempre é uma homenagem aos criadores desta bela cadeira que foi importada por Portugal.
Com tudo isto, tenho de terminar explicando que é necessário saber escrever como os melhores escritores de Portugal, mas nunca lançar um livro, pois um critico Jazz, tem de ser do mais podre que há.
Depois de toda esta reflexão, cheguei à conclusão que tinha de aprender a escrever, então este semestre inscrevi-me num modulo de língua portuguesa para comunicação profissional e vou fazer isso como Portofólio, mas ainda tenho mais três semestres para realizar esta grande ideia, portanto, desde já, aceito candidaturas para companheiro na vida critico.

(credo! tanta asneira!)

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Aprendendo em São Valente...

Mais uma vez dia dos namorados.
Claro que o cromo que escreve este texto anda desamparado e pede, a quem quiser dar, uma namorada. Aprendi isto ontem, com um escritor, num documentário, chama-se Luiz Pacheco. De resto esta minha condição de não ter namorada possibilita-me, apanhar grandes secas, mas também aculturar-me com coisas que não interessam a ninguém, excepto a uns quantos intelectuais, que julgam ser obrigação conhecer figuras diferentes e com novos pontos de vista (neste caso aparentemente pouco lúcidos, mas provocadores), pois tudo o resto já conhecem ou desconhecem, porque conhecem o suficiente, para não se interessar em conhecer coisas assim. Esta condição de solitário, à qual já estou habituado e mais importantemente gosto, só ontem permitiu-me ficar a conhecer um pouco de três pessoas e dois trabalho, que provavelmente a partir de hoje irei associar para sempre com o que quero e não quero fazer. Para satisfazer a curiosidade, as figuras tratam-se de, Agostinho Silva, que foi uma boa surpresa ao fim da noite descobrir que eu não estou doido e que existem pessoas letradas que partilham alguns pontos de vista semelhantes aos meus, Luiz Pacheco, de quem não fiquei a gostar porque não fui educado para me dar bem nem com a provocação nem com a selvajaria mas que afinal de contas há algo que me diz que sempre o quis conhecer para me desafiar, o senhor que diz adeus, o homem com despedir mais triste de toda a Lisboa. Os trabalhos, foram de longe os que mais me emocionaram, afinal de contas é para isso que servem, "Lisboa, cidade triste e alegre", acho difícil tão cedo voltar a encontrar alguém que me explique o que era Lisboa antigamente, "Falta-me", este não se pode contar só se pode ver mas obriga a imaginação a trabalhar quando o filme acaba.
Infelizmente, não estou aqui para contar a história de outros, provavelmente não as contaria bem, relataria o que eu aprendi e além disso, este é um blog egocêntrico, é para o meu umbigo. Voltemos ao tema, São Valentim, as namoradas, o tempo que ocupam e a raiva que consome todos os solitários do mundo em existir um dia em que se festeja os casais e não os solitários...
Bem a história é essa, vou sair para ir buscar o casal que me criou...