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Dançamos ou choramos...
-Este foi o cenário com que me deparei ao passar pelo shopping, quando chegava da escola, um padre, um reformado a segurar uma cruz que vale quatro vezes a sua reforma e pesa cinco vezes aquilo o que o reumático permite pegar, cinco reformadas a arrastar uma grande tira de plastico com algo escrito, uma banda que tocava viola como quem toca tambor, uns quantos desconfiados, uns quantos curiosos, uns quantos fieis e um enorme ataque de panfletos religiosos/publicitários. A primeira coisa que me veio à cabeça foi o Papa, "morreu..." achei eu, mas rapidamente percebi que esta não era gente desse meio, o Papa não interessa para este pessoal, pois a tira de plastico arrastada pelas cinco senhoras de idade avançada (como não poderia deixar de ser) tinha escrito em azul e amalero, "Missão na cidade", "Anuncio da boa nova". Ainda tentei ligar a boa nova ao estado de saude do Papa, mas não fazia grande sentido, pois não acreditei que o estado dele tivesse mudado desde manhã.-De facto a "Missão na cidade" não foi muito feliz no calendário, eu não sou muito religioso, mas acho estranho e de alguma maneira desrespeitouso que venha quem acredita na palavra de Cristo, espalhar esta de uma forma tão alegre em momentos de luto.-Se há altura para rezar é agora, não só pela vida de Karol Wojtyla mas também pelo fim desta, sendo essa talvez a melhor maneira de recompensar o Papa que uniu povos e religiões. Uma das poucas razões para acreditar na Igreja.
A alegria a partir de janela do meu quarto.1/04/2005
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