quinta-feira, abril 12, 2007
segunda-feira, março 26, 2007
Choices...
Será? É esse próximo passo? No trainspoting um jovem Ewan Macgregor absolutamente agarrado às drogas e ao divertimento que elas lhe proporcionavam, ao preparar-se para "spotar" mais um "train", provavelmente o último, adverte-nos para a escolha apropriada...
"Choose Life. Choose a job. Choose a career. Choose a family. Choose a fucking big television, choose washing machines, cars, compact disc players and electrical tin openers. Choose good health, low cholesterol, and dental insurance. Choose fixed interest mortgage repayments. Choose a starter home. Choose your friends. Choose leisurewear and matching luggage. Choose a three-piece suite on hire purchase in a range of fucking fabrics. Choose DIY and wondering who the fuck you are on a Sunday morning. Choose sitting on that couch watching mind-numbing, spirit-crushing game shows, stuffing fucking junk food into your mouth. Choose rotting away at the end of it all, pishing your last in a miserable home, nothing more than an embarrasment to the selfish, fucked up brats you spawned to replace yourself. Choose your future. Choose life."
Um lugar-comum, bem sei. Um lugar-comum com que me deparo todos os dias, não por causa das drogas ou por estar atado a um linha férrea, mas porque sim. Porque como sempre escolhi, continuo a escolher o caminho que não estou a fazer, prefiro tudo o que não tenho, mais uma vez... estou como o António, "Estou além". Mas não me conformo, a falta de jeito, o desagradável que é estar onde se quer e como se quer não me o permite, a escolha acertada de ser quem se tem jeito de ser. No entanto o futuro apróxima-se, cada vez mais, de resto já o sinto, na escola, nas pessoas, nos amigos, na família, no ar enfim... no espaço. Começa a chegar a hora de decidir, mais uma vez, a decisão não é complicada, por ser tão óbvia é que fica difícil, a escolha acertada, seja ela qual for, não vai ser a minha. Já percebi que tenho pessoas à minha volta que já fizeram essa escolha à muito, provavelmente custou-lhes tanto como a mim (se bem que nunca escreveram abstractamente sobre isso), algumas estão a decidir agora, "has I write", em conjunto, em solitária, de olhos fechados, de braços abertos, a gritar e espernear, sem perceber, não sei... algumas iram fazer a escolha errada, outros a acertada, a partir daí é andar em frente até à proxima casa!
A grande questão fica-se por o que é conformismo e o que é a perseguição de um desejo? Supostamente o amor também tem destas coisas, mas isto não é o amor, é a vida. Há altos e baixos, dias em que estamos a fazer a melhor coisa do mundo (absolutamente raros) e dias em que estamos no único lugar onde não pertencemos. Sejam perfeitos ou não, os dias sucedem-se, e sinceramente este comboio não para, felizmente ainda não é o dia de decidir, mas... e quando for?
Choose life? ou Choose a mindless and ignorant, american movie made DREAM?!
quinta-feira, janeiro 25, 2007
Noite de fados...
Esta noite estava eu sentado em casa, absolutamente aborrecido com o maldito dia que tinha tido na faculdade, quando decidi, "vou dar uma volta!". A certeza foi tanta que em menos de cinco minutos estava na rua e em menos de dez, a caminho de algum lado, sozinho. Durante a viagem pensei, aqui está uma triste imagem, eu, no carro, a caminho de lado nenhum, sozinho.
Passada a depressão decidi ir ao bairro alto, sitio que conheço e onde há sempre gente. Já era meia noite, durante umas horas andei a deambular pelo bairro, em busca de imagens e alguma inspiração... talvez para escrever mais um texto.
Depois de algumas voltas e bastante frio, encontrei o catacumbas, um antigo bar jazz, um dos meus favoritos, entrei, um mar de gente absolutamente indiscritível, movimentar-me era impossível. Mesmo assim fui batalhando caminho fora até ao palco, tentando não entornar a cerveja e arranjando maneira de lesionar o máximo de pessoas (talvez assim o bar ficasse mais vazio). A banda tocava um jazz pesado, muitas pausas e acelerações, pareceu-me ser jovem, afinal de contas algumas das melodias que apareciam no meio das musicas eram minhas conhecidas das rádios pop, conheci um casal de ingleses que me perguntaram o que era o bairro e se era "apenas aquilo" que Lisboa tinha para dar numa noite de quarta-feira. Algumas horas passaram.
Depois de abandonar os ingleses com um trio de alentejanas absolutamente grogues no bar dos vodkas, parti em direcção ao carro. Aqui inicia-se o momento mágico da minha viagem ao bairro. Numa decisão inesperada, optei por passar à porta da tasca do Xico. Muita gente, mulheres com casacos de peles rascas, pessoal com um ar de poucos amigos, mas todos felizes. Ao ver tal espectáculo decidi investigar se haveria ou não Fado, claro, "hoje há Fados" escrito na porta, imediatamente esbocei um sorriso. Perguntei a uma senhora com um certo ar de fadista, "hoje ainda há fados?", a resposta veio em brasileiro, uma pequena desilusão, claramente não era esta a fadista, mesmo assim não perdi a esperança. Entrei e pedi um imperial. No bar a trabalhar em conjunto com as já conhecidas "brasileiras do Xico", o mesmo Xico que no ultimo ano de ETIC me tinha pedido para ouvir fado e ver se não gostava. O resultado desse desafio foi obvio, ouvi, gostei e ainda não larguei. O Xico continua igual, seja como for essa noite que a mim tanto me marcou, pouca mossa fez na cabeça dele, como seria natural. Depois deste reencontro (unilateral) fui me sentar, como já é clássico meu sentei-me na mesa com o gajo (porque aquele homem apenas pode ser referenciado como gajo, porque senhor é para meninos e ele n estava para isso) mais distante da minha realidade. Calhou o meu companheiro de mesa ser um local muito querido da população da tasca, mesmo sendo a sua informada opinião sobre qualquer assunto ouvida e tomada seriamente em consideração. Para conseguirem visualizar a figura, 1.80M, não parece gordo porque era muito alto, um par de mãos que tinham o tamanho do meu tronco e umas patilhas até às bochechas. Depois de muito ouvir a animada conversa entre ele e um senhor mais franzino (mas que claramente não tinha medo do gajo), eis que entra o anunciante da festa. O programa e razão para aquele povo todo era simples, o baptismo da Daniela, uma jovem fadista que iria ser baptizada pela sua madrinha e o seu padrinho, madrinha de seu Cidália Amoreira e padrinho... com uma forte voz mas de quem não me lembro o nome. O primeiro conjunto de fados foi interpretado pelo padrinho, fados tristes, muito bem cantados, o fadista mais parecia um agarrado, mas é o aspecto que faz o fadista, e fadista que n estacione carros, não canta népias! Eis que entra o segundo acto, antes de se dar inicio a este segundo acto o anunciante da noite, dá os parabéns a um fadista que se encontrava na casa. Cantam-se os parabéns. O povo está feliz e contente, o anunciante tentar manter a calma do publico para ter o tão desejado silêncio, eis que no meio desta barulheira alguém faz o absolutamente impensável, levanta-se e dá os parabéns ao aniversariante! O anunciante, absolutamente sexagenário e claramente em boa forma física, perde a cabeça e começa a ordenar a quem se levantou que se sente, o outro jovem sexagenário que se levantou recusa-se a sentar excepto se for pedido com bons modos, segue-se a troca insultos, ainda que sem ordinarices, como um deles disse, depois começam os empurrões, ora que se prepara para saltar o primeiro sopapo... a tasca agarra os dois jovens e pede-lhes que se acalmem, o senhor da minha mesa, chora, chora como já não chorava à anos (ficou no mínimo 30 anos mais novo), há quem grite "isto sim é fado!", a balbúrdia é total, são trocadas cervejas, um moço foge com um copo de vidro para a rua e disse desatar a correr, o segurança ainda ameaça correr, mas a barriga não o permite entretanto volta-se a gritar "ALTO! QUE SE VAI CANTAR O FADO!". Eis que o povo se cala. Como é isto possível, questiono-me eu? Seja como for a próxima interpreter era nada mais nada menos que a própria Daniela. Nota-se que ainda é nova nestas coisas do fado, mas o Cámané olha para ela dando-lhe força (estava lá, a verdadeira festa, mas não cantou :( ). De seguida entra a estrela da noite, a Cidália, uma mulher meia cigana, meia espanhola e um nada de portuguesa, velha, e gasta do álcool. A surpresa é absoluta, a voz é igual à das espanholas, grave e baixa, mas com uns berros no meio das musicas, finge que toca sevilhanas enquanto dança, o espectáculo é único, as musicas acabam e o povo grita! A preferida do trio apresentado é obvio, mas hoje não é dia de guerras, mas de baptismo. Finalmente o baptismo, uma encharpe molhada em champanhe posta na nova fadista, muitas fotos e mais um fado! A festa é grande. Aqui acontece algo novo que nunca tinha ouvido, o improviso, o guitarrista e a fadista Cidália inventam uma musica ali, cantam os dois, entram num bate bocas um pouco ordinário, mas justificado por ser divertido.
Uma noite de festa solitária.
P.S.: Não consegui mesmo escrever tudo, nem bem. Mas escrevi!
domingo, janeiro 21, 2007
Tranquilidade...
Não compreendo. Sou um estudante das pessoas, vejo e revejo, acções, atitudes, formas, fluxos, ambientes, tudo que me interessa são as personagens. Chego a conclusões, sempre sem fundamento com a excepção do momento, a partir dai desenho o futuro, das personagens e mais interessadamente o meu.
Funcionou durante muitos anos, talvez eu fosse mais observador do que sou agora, talvez tenha tido sorte, provavelmente sempre falhou mas nunca me apercebi dos erros, agora... sofro cada vez mais com a acumulação desses erros. Sofro porque não percebo, as peças não encaixam, sinto me alguém de sessenta anos no mundo moderno, quando me vêem sou transparente, não tenho segredos, quando vejo não vejo, percebo mas rapidamente me desiludo com a solução errada. Sinto-me a saltar a fase em que se é confiante e determinado, passei da adolescência à terceira idade, nunca cheguei a ser adulto, acho que nem sequer fui um jovem adulto onde acredito no que a minha mente me diz, mesmo desconhecendo a verdade.
Acredito que mesmo assim hei de conseguir ter a cabeça arrumada, não é possível que fique confuso sempre. Afinal de contas ainda hoje, a menina que estudava no centro comercial sorriu-me, o meu amigo com o inesperado filho cumprimentou-me e olhou-me com o ar de quem diz que estou no caminho certo a estudar, a senhora que me vende o café continua surpreendida com a quantidade de vezes por semana que estudo e os velhotes da mesa do lado espreitaram para as minha matérias e comentaram como devem ser interessantes e como no tempo deles lhes custava estudar mas como também era bom estar com a Marianinha lá do colégio. Tudo isto são sinais positivos, não?
Continuo esperançado que sejam sinais, de que qualquer dia conseguirei ter, ou pelo menos iludir o próximo de que estou tão tranquilo como ele. O meu objectivo ainda é o mesmo de quando entrei na faculdade, de resto é o único ponto que se mantêm igual, a minha obsessão com a inatingível tranquilidade. Não quero riqueza, nem poder, desejo apenas tranquilidade. Provavelmente é o que me falta, um objectivo ambicioso, alguma ganância de desejo de poder, talvez se conseguisse interessar-me em ganhar mais de que o próximo, ganharia também a sua tranquilidade. Mas como se pode ganhar tranquilidade roubando-a a alguém? Não é incomodativo ser um ladrão de tranquilidade? Sangue frio e racionalidade é tudo o que é preciso. Talvez... Mas não me interessa, quero uma tranquilidade construída por mim, algo que eu conheça e saiba porque ficou assim, mais importante, que não me possa ser roubada.
Parece desinteressante esta ideia de tranquilidade, todos apreciam o movimento e o estremecer natural das coisas, mas continuo sem me importar muito, talvez quando me importar as coisas mudem.
Falta-me crescer, ganhar aquele gostinho a sangue para me tornar em mais uma maquina de matar num fato, onde a alegria vem com o ordenado e as grandes questões de dividem entre o que se ganha e o que se faz. Mas por enquanto as questões continuam a estar ligadas ao desejo da tranquilidade, ao contribuir para a tranquilidade dos outros, ao fazer o melhor que se pode e que se acha, finalmente, à bimba imagem do nascer do sol na praia, que é sempre um cliché, mas continua a ser a melhor sensação do mundo!
P.S.: mesmo depois de tanto tempo sem escrever, continuo sem fazer sentido.
terça-feira, novembro 07, 2006
Que palavra...
No meio de tantas porque é que esta é uma das importantes, tanta palavra boa para ser importante e esta que tanto odeio, tinha de ser uma das mais importantes, responsabilidade. De resto começa a ser a que resta no meu fraco vocabulário, responsabilidade. Infelizmente muito raras vezes se associa a algo positivo, de facto sou um cromo porreiro e tal... mas continuo a ter esse defeito, responsabilidade. Como mudar isto? aceitam-se ajudas, emails, rezas e mesmo patas de galinha para realizar mágicas negras para ajudar, responsabilidade. Não vejo meio de obrigar o meu corpo a fazer o que a minha cabeça já racionalizou, agora até chega mesmo a sonhar com isso, responsabilidade. Posso mesmo dizer, que a distância entre ser a medíocre personagem que sou, a um interessante ser humano, passa por ai, responsabilidade. Não há meio de acalmar este meu espirito rebelde, que teima em não sentir, responsabilidade.
Continuo a questionar-me, porque não mudamos de palavra.
P.S.: Efectivamente isto envergonha... mas as coisas não são tão boas se não mergulharmos de cabeça.
terça-feira, outubro 31, 2006
Intelegência Vs Estupidez
Estive muito próximo de o conseguir ser passados poucos anos depois, mas quando se tem 15 anos também não custa muito. Infelizmente este meu desejo não se manteve até hoje, mesmo tendo praticamente desaparecido, após um rigoroso e complicado processo de estupidificação.
Parece que o Salvador Dalí (já ele delirava bastante e eu penso seriamente em seguir os seus passos) considerava que todos os bons artistas (“artista” é uma palavra sem graça nenhuma) tinham de ser “quanto baste” de estúpidos. Eu acho que ele tem razão, tanto por razões técnicas, como por razões intelectuais. Estranhamente à medida que vou avançando para o final do meu curso de engenharia (um curso para malta inteligente e que não liga intelectualidades excepto se estas se traduzirem em zeros e uns) mais me apercebo do quanto este pintor tinha razão. Posso mesmo acrescentar, qualquer bom artífice seja ele engenheiro, escritor, pintor, ou caixa de uma qualquer loja de produtos de fraca qualidade mas vendidos a preços desagradavelmente altos, tem de ser bastante estúpido, afinal de contas só assim se marca a diferença. Isso leva-me a crer que estou no bom caminho, se bem que bastante incompreendido.
Com tudo isto cheguei à conclusão que, intelectualidade e estupidez embora possam viver em harmonia, dificilmente podem ser ambas de alto nível, além disso, gente culta é muito interessante para quem é estúpido e gente estúpida é muito gira para quem é culto.
Depois deste meu ultimo parágrafo há que distinguir dois substantivos, cultura e inteligência, pois embora andem de mãos dadas, em nada se relacionam e ambos são grandes inimigos da estupidez. Por um lado a inteligência, com todas as suas aplicações práticas e simplicidade úteis. Por outro a cultura, com todo o seu conhecimento e previsões bem estudadas. Sinceramente nenhuma delas me dá muito jeito. Prefiro ser estúpido. As razões são infinitas, senão vejamos, sendo estúpido tanto quem é inteligente como quem é culto me interessa e tem algo a acrescentar para a minha pessoa. Mais importante ainda, já conheceram alguém que fosse estúpido e não fosse feliz, claro que podem dizer, “mas essa pessoa não sabe o que é sabe ser feliz”, eu digo, “sabe sim!”, já ouvi tanta história de gente estúpida feliz, claro que quem é estúpido sofre sempre algumas consequências que quem não o é não sofre, no entanto, quem é inteligente não é capaz de sofrer mais ainda? Afinal de contas é suficientemente inteligente (caramba o processo de estupidez está mesmo a funcionar, todas as vezes que escrevi inteligente escrevi com erros ortográficos) para perceber como seria estúpido não estar preocupado com algo, ou mesmo a sofrer com algumas das coisas que se passam sempre à nossa volta.
Será esta uma desculpa para a minha estupidez? Não. A minha estupidez não tem desculpa, é propositada.
P.S.: Para reabrir a época bloguista com mais um delírio em grande (e extenso).
terça-feira, junho 27, 2006
...
Há recomendações do que fazer? É isso que preciso claramente, recomendações. Mas por favor, não as recomendações habituais, aquelas que ouvimos na televisão, nos anúncios e no cinema. Preciso de recomendações que nunca tenha ouvido. Só essas é que me vão dar jeito. Não se preocupem com a conformidade com o titulo, visto não existir titulo não existe conformidade possível...
Só para dar um sinal de vida.
quarta-feira, maio 10, 2006
...
O que quer isto dizer?
Quer dizer que estou a perder a cabeça de vez... provavelmente, sim. Mas por outro lado nao ma lembra de a ter alguma vez encontrado. Nao faz sentido escrever algo com sentido. Faz sentido sermos nos proprios e todas essas tretas, faz sentido a globalizaçao, faz sentido o amor, faz sentido ser jovem, faz sentido a vontade que temos de nos exprimir, faz sentido a liberdade, faz sentido... faz sentido que leiam este texto? Será? Qual será o limite de palavras para nao se escrever nada? Se o nada for infinitamente grande, entao tambem seram as palavras que o descrevem, palavras extensas para ocupar mais espaço. Como tudo o resto o nada e feito de contrastes, ou seja, o nada e muito e o muito e pouco, escrevo bem quando escrevo mal, sinto me mal porque irei ficar bem, sinto me bem porque irei ficar mal. Mas que raio de conversa. Conversa? Mas qual conversa? Converso com quem? Com o meu Personal Computer? O meu PC?
A maior duvida ainda e se podera passar este texto, como mais um texto intelectual. Talvez ser lido na galeria "Zé dos Bois" por um cromo qualquer, que se veste como se vestiam nos anos setenta porque e diferente. Seras diferente? Achas que se te vestires assim, inves de te vestires como es, com a camisa que a tua mae te ofereceu nao ficas melhor, nao e por isso que iras impressionar mais gente, nao pelo que vestes nem pelo que ouves, fazes, les, ou mesmo pelo que es. Por e simplesmente iras impressionar alguem se calhar, alguma vez, acertares numa serie de acasos, felizes ou infelizes e esse alguem aperceber-se que e igual a ti, ou que tu es quem esse alguem sempre quis conhecer porque viu num filme ou ouviu numa musica que apareceu na MTV. Mas eu tambem ando a passar-me, escrevo como se alguem fosse ler isto para outra pessoa, como se alguem chegasse a esta linha, escrevo mesmo a pensar se alguem alguma vez chegar a esta linha ainda me leva a serio.
Estas a ler esta linha? Nao tens nada melhor a fazer do que ler o blog deste teu amigo, irmao, primo, sobrinho, conhecido, amigo acidental, colega? Fica sabendo que quem escreve aqui e doido, tem variadissimos problemas, sendo o principal deles que, todos os seus problemas, apenas sao problemas para ele, nimguem mais os ve, porque por e simplesmente nao existem.
Olha! O Peter Franti mudou de musica...
(fica a meio... provavelmente para sempre.)
sexta-feira, maio 05, 2006
quinta-feira, maio 04, 2006
intelectual vs. simples...
Suspeito que intelectual não irei ser, mas talvez para ser alguém com uma forte cultura, ainda vou a tempo, com alguma sorte até poderei aprender e entender algumas das conversas dos grandes intelectuais, ou mesmo no clímax da minha cultura consiga assistir a uma daquelas peças de dança contemporânea e dizer que gostei. Talvez isso já não me interesse, as coisas simples e cruas têm ficado cada vez mais atraentes. Não percebo como saltei um extremo para outro, onde terei eu visto que o perceber e analisar tudo não é o que mais me interessa? Mais um vez sinto-me a perder a razão... mas sinto-me pior por escrever ininterruptamente sobre mim, por não ser o intelectual que escreve de uma forma divertida sobre o mundo onde vive. Se calhar, não será assim tão mal, mais vale ser mais um simplório com problemas de identificação, que pensar ser intelectual sem o ser.
O homem simples tem a vantagem de estar na base da sociedade intelectual e a capacidade de se puder destacar quando assim entende. Difícil para o simplório é manter a fachada, pois não é possível ser realmente simples, só estando morto, logo o simples fica mais complicado, tendo de usar as suas armas intelectuais, levando-o a tornar-se quase intelectual.
Ser simples obriga a pensar menos, mas a trabalhar mais. Uma das coisas que aprendi até agora é que funciono ao contrario de todas as grandes personagens, gosto de trabalhar mas não gosto de pensar.
razão...
Mas tenho a técnica só dentro da técnica
Fora disto sou doido, com todo direito a sê-lo
Com todo direito a sê-lo, ouviram?"
A. de Campos
quinta-feira, abril 27, 2006
...tic, tac, tic, tac... tac?...
dizem que estou a aproveitar o tempo...
dizem que irei ser recompensado...
dizem que vou ser melhor...
dizem que vou conseguir...
dizem que não sou burro...
dizem que vale a pena...
mas ainda não sabem que caminho para as mesmas salas onde estou agora, cinzentas, quentes, sem janelas e com um constante zumbido de maquinas que processam imagens a 60Hertz para que não me escape nenhum pixel, não vá ver outra realidade que não a descrita pelos fotões, electrões e sabe Deus mais o quê.
tac...?
O que me faz por um pé à frente do outro é a esperança, de uma viagem, de umas onditas, de umas férias e de dia 26 de Julho (ou Junho) estar a delirar com Xavier Rudd no Santiago Alquimista. (quem for comprar tickets, telefone a avisar para comprar o meu, please!)
sábado, abril 08, 2006
depressão...
segunda-feira, março 27, 2006
Irónico...
domingo, março 26, 2006
imaginação...
sexta-feira, março 24, 2006
estudo...
Uma quantidade anormal de matéria para comer antes das nove da manhã de sábado...
Muito sono...
Pouca paciência...
Mais imaginação que conhecimento...
Muito para fazer...
Pouco com que me divertir...
Muito tempo, para o que não preciso de fazer...
Pouco tempo, para o que tenho de fazer...
Algumas propostas interessantes...
Muitas negas desinteressantes...
As dores que a faculdade faz...
Muitas queixinhas para fazer...
... ai, ai, o que me vale é a Margarida Pinto aos ouvidos para acalmar.

terça-feira, março 21, 2006
segunda-feira, março 20, 2006
idealismos...
"we split an atom, we got all this computer technology, and we can't even get along?
what good is it, if we can't even comunicate and coexist peacefully?
all that advancement and all that technology means nothing... if we can't live in peace.
so the greatest technological advancement in the world is peace.
all computers and faxes and cell phones and stuff, it is great.. you know, but... it doesn't impress me like peace does."
espero que não cresça para perceber que isto são idealismos sem sentido...

Acordar no comboio...
sexta-feira, março 17, 2006
A fita da minha mana...
Tenho de escrever algo interessante, de bom senso, lógico e que sou eu possa dizer... o problema não se fica por ai, mas sim pelo facto de não me puder arrepender daqui a cinquenta anos de ser tão parvo aos vinte e quatro.
