_Como se pode voltar a escrever num blog passado quase meio ano como se não se tivesse parado? Isto é mais ou menos como aquelas estranhas situações em que se encontra um melhor amigo que não se vê desde a primária, apetece estar como se sempre esteve com ele, ou pelo menos como se lembra de estar, mas não é possível, não porque não se queira, mas porque algo mudou, ganhou-se vergonha, uma vergonha estranha, uma vergonha que não é de todo igual ao embaraço, talvez não seja vergonha, ou é, um misto de vergonha e distância, vergonha por não ter dito nada durante tanto tempo, vergonha por se ter deixado transformar ao longo do tempo e nunca ter avisado, telefonado a dizer "olha, estou a mudar, dizem que é crescer". Pois. Mas se formos a ver, é obvio que não faz sentido, o que faz sentido é dar uma palmadinha nas costas e dizer "bora beber uma cerveja e ver a bola", mas quantos o fazem? Quantos têm coragem de sair do seu próprio corpo quando estão numa situação destas e sem utilizar a inteligência ou estratégia, entrar na simplicidade de fazer perceber o amigo que há muito não vêem que querem exactamente o mesmo que ele, passar mais um bom bocado assim...
_ Mas verdadeira pergunta é, porquê não se pensa assim quando se conhece alguém que ainda não se conhece?
_ Outra linda pergunta é, mas o que é que isto tem a ver com reescrever no blog?
_ E tudo isto ainda, porque eu hoje, perdi uma boa oportunidade de conhecer alguém...
domingo, outubro 23, 2005
Voltar a escrever custa...
domingo, maio 15, 2005
É para ver se volto a escrever!
Vou me é calar e ver se consigo desencantar outro João que goste de Smints, que é menos filosófico.

Coimbra, na semana passada.
sexta-feira, abril 22, 2005
Temas
E a minha mãe está a pôr a sopa na mesa!
Tantos temas e tão pouco tempo para escrever.
sexta-feira, abril 15, 2005
A festa!
-Parece-me grave, especialmente tendo em conta que amanhã tenho aulas e até convinha marrar alguma coisa. Esta semana que termina hoje, foi a minha semana de descanso antes de entrar num difícil e movimentado período de testes e projectos, por isso antes de começar, prometi a mim mesmo que iria, surfar, jantar fora, estar com os amigos, curtir, estudar com calma e avançar os projectos, chegado o fim de semana e... nada, nickles, niente, rien, nothing, chingchong chu (chinês :P), não fiz nada disso, amigos e jantares, nem os vi, ondas... claro que Neptuno não podia cooperar e decidiu guardar para as semanas de testes todas as ondas, deixando nesta semana o mar como um lago, estudar correu bem, mal, acabei por tentar estudar muito, mas com resultados muito fracos e projectos, à dois dias que ando a tentar começar o projecto de compiladores, mas claro que sem sucesso. Por isso, mesmo sabendo que a probabilidade de todos os amigos com quem combinei se cortarem é muito alta, marquei uma bruta de uma bebedeira, não... não estão a entender, só vou parar de beber quando o médico me tirar a garrafa da mão, mas tendo em conta a espectacular semana, o provável é ficar em casa a escrever outro post para este blog, que já tresanda a naftalina.
-Seja como for (e basicamente porque não tenho nada de interessante para dizer), amanhã vou à festa, melhor estou a pensar em ir à festa. Trata-se de mais uma festa temática do F.M.H. (faculdade de motricidade humana, por outras palavras, professores de ginástica e instrutoras de aeróbica), o tema é, os semáforos. Não. O objectivo não é a prevenção rodoviária (a 0.50€ a imperial, só se fosse um desafio à prevenção rodoviária). A festa do semáforo já é um ritual antigo nesta faculdade, ora bem, para que a festa funcione em pleno, cada pessoa que vá à festa tem de levar uma peça de roupa verde, amarela ou vermelha, porquê? Porque cada uma das cores representa o seu estado amoroso, verde - "vou-te comer!", amarelo - "ando com fome mas sou tímido(a)", vermelho - "a minha outra metade está no Brasil durante este mês", sim senhor, é uma festa de engate, da pior espécie! Quem lá está, só o está por duas razões, ou quer cerveja barata (o meu caso), ou quer acordar no dia seguinte sem saber da roupa.
-Eu vou de amarelo, sou tímido? Um bocado, mas não tenho t-shirts verdes.
Eu devia era ir dormir...

É sempre a mesma vista, até cansa!
quarta-feira, abril 13, 2005
João o Smint-ó-maniaco!
- Já temos o cenário montado agora, a história. À minha frente na fila para a caixa, calhou estar o João, que devia ter entre 7 a 9 anos e a sua avó. Tudo corre bem, o João corre de um lado para o outro, fazendo justiça ao boneco do Tazminian Devil que tem desenhado nas calças, enquanto a avó tenta desesperadamente acalma-lo. Nisto o João vê um pacote de Smints, que brilhava com a luz e claro que pergunta à avó se pode levar para comer (pois a quantidade astronómica de KitKats e queijinhos não chegavam para o metabolismo dele), ao que avó responde: "não, isso é só para adultos". Este tipo de coisas sempre me fizeram confusão, dar razões para não se fazer algo, que nada têm a ver com a razão real. É que na minha opinião uma criança na idade do João fica marcada para sempre com uma afirmação destas, a mim uma vez chamaram-me a atenção (numa mesa onde só havia destros) que toda a gente comia com os talheres de forma diferente da minha (eu sou canhoto), o resultado foi catastrófico, pois a primeira dedução que fiz daquela frase foi: "é pá! estou a fazer isto ao contrario.", o que fez com que hoje em dia, cada vez que me sento à mesa tenha de pensar com que mão vou comer a sopa e com que mão vou comer o prato principal, para onde vão os talheres?! Não parece chato, mas garanto que é, pois quando se fica nervoso, é a confusão geral, e claro que comer sopa com a mão a que não se está habituado passa a demorar 5 vezes o tempo habitual. No caso do João podem acontecer duas coisas, ou ele é muito respeitador e nunca chegará a experimentar Smints excepto quando se achar suficientemente adulto para uma experiência nova e alucinante como essa, ou a partir de amanhã o João irá começar a caminhar o difícil percurso dos Smint-ó-dependentes.
- Em todo o caso, se daqui a uns anos, quando já tiverem na meia idade, aparecer um rapaz mais novo que irá ser o vosso novo patrão, importado dos melhores colégios, a comer freneticamente Smints, é o João.
-Até parece que tenho pouco para fazer...

Miau...
Rasheed fica sério. (inspirado por um amigo)
-Um amigo meu, escreveu sobre outro meu amigo, que parece ter percebido que para ele, agora é a sério. A mim parece-me difícil compreender isso, especialmente porque ainda não consegui perceber bem, para que ser sério. Não quais os benefícios e objectivos de passar a encarar a vida a sério, mas... qual o ponto para que hei de apontar para ser sério. Por outras palavras, não faço ideia do que quero fazer, acho que poucos com a minha idade sabem, ou então são tão medrosos como eu e recusam-se a fixar-se numa ideia do que querem atingir por lhes parecer demasiado monótono, ou por simplesmente acharem que jamais iram atingir esse ponto. Ser sério é decidir que é chegada a altura de andar para a frente e não se deixar atrapalhar pelos os que o rodeiam, é perseguir objectivos porque são necessários e não porque ajudam ou porque "cumprir objectivos é uma coisa boa", é preciso ter uma noção muito clara do que se quer fazer para se ser sério, basicamente é preciso coragem. Nunca fiz nada sendo sério, até hoje não foi preciso. Quando for preciso ou vou estar numa grande alhada, ou descobri alguma coisa milagrosa em que me focar. O ser sério não significa andar com um ar de quem não ri, deixar amigos, ou entrar na funçanguice para fazer o que se quer, ser sério é finalmente passar a fazer tudo por alguma razão, ter percebido que o que se está a fazer tem um significado para nós. Não ser sério também não quer dizer que nos estamos a marimbar, mas quem não o é ainda não encontrou rumo, anda à deriva, à quem o ande a vida toda, provavelmente não é muito agradável viver sem saber porquê, ou fazer perguntas metafísicas como esta durante anos a fio.
-Eu acredito que isto tem fim, o meu amigo cada vez mais aparenta estar a tentar acabar com a pergunta dele. À bem pouco tempo ele disse-me que queria finalmente deixar de ocupar espaço, para ter direito a espaço, eu não acreditei muito (pois o historial não era o mais animador), mas dei-lhe força e tentei incentiva-lo, é bom saber que à mais amigos a acreditar no meu amigo, espero que não pare de ficar sério.

Estou-te a ver!
sexta-feira, abril 08, 2005
sexta-feira, abril 01, 2005
Dançamos ou choramos...
-De facto a "Missão na cidade" não foi muito feliz no calendário, eu não sou muito religioso, mas acho estranho e de alguma maneira desrespeitouso que venha quem acredita na palavra de Cristo, espalhar esta de uma forma tão alegre em momentos de luto.
-Se há altura para rezar é agora, não só pela vida de Karol Wojtyla mas também pelo fim desta, sendo essa talvez a melhor maneira de recompensar o Papa que uniu povos e religiões. Uma das poucas razões para acreditar na Igreja.

A alegria a partir de janela do meu quarto.
1/04/2005
O centro do mundo no meu umbigo
-O estudo anda a matar-me!!!
terça-feira, março 29, 2005
Eu em mudanças...
-O mundo das pessoas que me rodeiam não é grande, mas divide-se em três blocos distintos, os de esquerda, teóricos e em busca do equilíbrio, os de direita, práticos e em busca do ponto mais alto e os que por e simplesmente se estão nas tintas tanto para as práticas como para as teorias. O resultado, se esta maneira de pensar e disparatar continua, é simples, aproximei-me mais dos de direita (embora não perceba os resultados), os de esquerda perderão o interesse no que faço (pena, pois eram os mais divertidos) e os eternos desinteressados acharão que me estou a divertir muito mais, mas continuaram sem querer saber.
-É bom saber que por mais que me sinta a mudar, continuo a dizer disparates...

Carcavelos no seu melhor!
Um pastor alemão a assistir ao banho de um emigrante de leste em cuecas (o emigrante).
17/03/2004
sexta-feira, março 25, 2005
Ontem houve concerto!
Space boys


Mercado Negro


quinta-feira, março 17, 2005
segunda-feira, março 14, 2005
If I Could - Jack Johnson
A brand new baby was born yesterday
Just in time
Papa cried, baby cried
Said your tears are like mine
I heard some words
From a friend on the phone
That didnt sound so good
The doctor gave him two weeks to live
Id give him more if I could
You know that I would now
If only I could
You know that I would now
If only I could
Down the middle drops one more
Grain of sand
They say that
New life makes losing life easier to understand
Words are kind
They helped ease the mind
Of this, my old friend
And though you gotta go
We'll keep a piece of your soul
What goes out
What goes in
You know that I would now
If only I could
You know that I would now
If only I could

11/03/2005
Carcavelos
sexta-feira, março 11, 2005
quinta-feira, março 10, 2005
Software livre Vs Choque tecnológico
quarta-feira, março 09, 2005
Conversa entre dois gostos.
-- E uma namorada... não?
- - Não dá para pôr cd's...
- Claro que após isto seguiu-se uma boa bofetada.
-De facto à frente deste computador passa-se muito pouco.
terça-feira, março 08, 2005
Last Goodbye - Jeff Buckley
This is our last goodbye
I hate to feel the love between us die
But it's over
Just hear this and then I'll go :
you gave me more to live for,
more than you'll ever know.
This is our last embrace,
must I dream and always see your face
Why can't we overcome this wall
Baby, maybe it is just because I didn't know you at all.
Kiss me, please,
Kiss me
But kiss me out of desire, babe, and not consolation
You know,
it makes me so angry 'cause I know that in time
I'll only make you cry, this is our last goodbye.
Did you say "no, this can't happen to me,"
and did you rush to the phone to call?
Was there a voice unkind in the back of your mind saying,
"maybe... you didn't know him at all."
Well, the bells out in the church tower chime
Burning clues into this heart of mine
Thinking so hard on her soft eyes and the memory
Of her sighs that, "it's over... it's over..."

07/03/2005
Guincho
domingo, março 06, 2005
Manhã perfeita...
-Acordei às seis da manhã, liguei o rádio, uma musica suave e animada fez me sair da cama. Preparei o meu pequeno almoço, ainda estava escuro lá fora e os meus olhos não estavam com vontade de abrir para perceber que embora andasse de pijama pela casa sem frio, lá fora, todos andavam bem agasalhados e o céu ameaçava com chuva, com a taça de cereais e os pés descalços, fui à varanda, cumprimentar o fato de surf e ver se tinha secado durante a noite que tinha sido congelante, estava frio, mas seco, pendurado pelo cabide preto nos suportes das cordas onde a minha mãe pendura as roupas molhadas da maquina de lavar. Peguei no fato pelo cabide e pendurei-o ao ombro para o levar para dentro, no chão ao pé da porta da varanda estava a minha mochila de praia, cheia de manchas sal e areia que revelam bem os cinco anos de surfadas que assistiu, arrumei o fato no saco e deixei a taça de cereais na cozinha, pelo caminho retirei um saco do pingo doce do monte de sacos que a minha mãe guarda com medo que qualquer dia seja preciso um e não exista, guardei-o na mochila. Pousei a mala no chão do quarto sem me preocupar com a quantidade de areia que irá deixar, vesti-me com as roupas que encontrei no chão da noite anterior, a cheirar mal e amarrotadas da noite anterior. Peguei na prancha de bodyboard e pés de pato e saí. Quando saí a porta do prédio senti o frio matinal, misturado com a humidade das chuvas da noite, olhei para o céu que parecia ter aberto um pouco, fui para o carro. O velho Polo, sujo e mal tratado pelos variados donos que teve, mas resistente, abrir o porta-bagagens para arrumar a tralha que trouxe de casa comigo, entrei no carro e arranquei. Fui para a marginal com o rádio ligado, ainda tocavam as musicas suaves e animadas com que acordei, o sol estava ainda a nascer mas já a marginal estava viva, muitas pessoas espreitavam curiosas para dentro do carro, que tinha a prancha no banco de trás, imaginando que sou louco para ir para a água com este frio, ou talvez invejando-me por puder ir para a água com este frio. Eu ia tentado não me distrair muito da estrada enquanto tentava perceber como estaria o mar olhando para as pequenas ondas que quebravam ao longo da estrada, percebi que iria estar bom, só não sabia se o vento estaria a cooperar para estar clássico, à medida que me ia aproximando da minha praia de eleição, Carcavelos, ia sentindo um pequeno tremer no estômago que me dá sempre que estou ansioso ou nervoso por algo. Passando por Carcavelos, vejo que as minhas melhores expectativas, confirmam-se. Apresso-me por chegar ao parque de estacionamento onde paro sempre, o que me obriga a percorrer a praia toda para chegar a uma rotunda onde volto para trás uns metros para estacionar, o parque onde paro normalmente, não tem muita gente no Inverno, e dá para ver bem toda a praia. O mar estava perfeito, sets de metrão, com um vento offshore que penteava e alisava as ondas, apenas cinco pessoas na água. Apressei-me a vestir o fato e enquanto despia a roupa abria o porta-bagagens, a pressa e ansiedade era tanta que as nem dava pela confusão que fazia para realizar estas tarefas rotineiras. Aqueci, corri, estiquei os músculos, tarefa que faço sempre com todo o esforço, pois já fui vária vezes castigado com duras cãibras por não levar o aquecimento a sério. Entrei. Corri para o mar levantando os pés bem alto, para não tropeçar nos pés de pato, como não prestei atenção a quando entravam os sets, claro que recebo como recompensa um dos maiores sets do dia enquanto tento passar a rebentação, quando chego ao outro lado o mar está calmo e pelo lineup apenas passam uns montes lisos e perfeitos que uns metros à frente se transformam numa rebentação cheia de espuma. Tento apanhar a primeira onda. Mal avisto o set espero pelo o monte com melhor aspecto, dou um patadas com os pés de pato e a onda pega em mim, sinto a força da onda e empurro a prancha para baixo de forma a deslizar a onda, quando chego ao bottom, faço força para encaixar um pouco acima do centro da onda, desacelero pondo o pé de pato dentro de água, o lip cai, quando reparo, já a onda vai lá à frente e eu estou dentro do tubo, ouço o ecoar da onda a rebentar e sinto o ar mais fresco, grito, a adrenalina é demasiada para o meu corpo a conter, lá à frente percebo que a onda vai fechar, faço peso na frente da prancha, que acelera e viro para fugir ao fechar da onda, é a primeira onda e o primeiro tubo, a primeira de muitas que se seguiram, tubos, rollos, 360º e aéreos.
-É a manhã perfeita, para mim, claro que pode ser melhorada e não é ambiciosa, podemos ter a namorada ao lado quando acordamos, podemos estar num pais tropical, ou viver numa casa num local inóspito, mas com o que tenho agora, as poucas manhãs que passei assim foram perfeitas...
a perfeição não é obrigatoriamente exigente.
Gérard CASTELLO LOPES
Carcavelos em 1956
P.S.: Não ficou muito bem escrito, acho que não consegui transmitir o que queria, mas daqui a uns textos pode ser que volte a descrever uma manhã perfeita.
Livro de informática
-Como nunca leio, decidi tirar um dos livros da biblioteca da minha faculdade e começar a ler. O livro fala sobre a vida do Richard Stallman. Não o escolhi ao acaso, escolhi-o porque tenho algum gosto em descobrir mais sobre esta personagem, o senhor Stallman é um dos heróis da informática, como todos os heróis é adorado por uns e odiado por outros, a informática tem a grande vantagem de ter grande parte dos seus heróis vivos e de boa saúde, algo que se raramente se passa noutras áreas, este senhor já chegou até a dar uma palestra na minha faculdade, mas como é obvio não consegui estar presente e quem foi, só conseguiu retirar da palestra, para me contar, o que não me interessava. Logo espero que o livro possa curar esta pequena falha que tive e também acrescentar algumas novas ideias ao meu pequeno e sobrecarregado cérebro.
-
Richard Stallman é uma espécie de comunista da informática, infelizmente não tenho à vontade suficiente para estar a enunciar nomes de comunistas com quem possa equiparar o Stallman, mas qualquer um que tenha escrito leis revolucionárias serve. A razão pela qual considero o Stallman um comunista é simples, este foi o criador dos copyleft e dai o inicio do opensource, o que é o copyleft? o que é o opensource? O copyleft é o contrario do copyright, ou seja, são regras criadas de forma a proteger quem queira alterar certo programa informático, em vez de proteger quem cria o programo, protege quem o quer alterar dando-lhe a obrigação de se tornar o dono programa após o ter modificado e incentivando o utilizador. Mas porque criar um programa protegido por regras que não fazem do seu criador um Deus absoluto sobre o seu trabalho (afinal de contas quem teve a maior parte do trabalho foi ele)? Esta é uma pergunta lógica (o próprio Bill Gates a fez), que muita gente faz. A resposta é simples, permitir a evolução rápida do programa. Um programa abrigado por estes direitos é um chamariz para quem realmente gosta de trabalhar com computadores, pois tem a possibilidade de adaptar um programa que lhe pode ser útil a si, fazendo com que seja muito mais útil do que qualquer programa proprietário (programas desenvolvidos por empresas privadas). As pessoas que consideram isto lógico, foram quem impulsionaram o movimento opensource, este movimento tem como base estas regras do copyleft e já tem milhares de "filhos" do opensource, o mais famoso é o linux. O linux é um sistema operativo como o windows, mas tem a particularidade de ser gratuito e aberto, ou seja qualquer simples utilizador pode por e simplesmente modificar o modo como este sistema operativo funciona, ou mesmo criar um sistema operativo modificando algumas linhas de código do antigo, sem ter de dar contas a ninguém, isto é o opensource.
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Porque digo que o Stallman é uma espécie de comunista informático? O Stallman tem tentado desde à muito tempo mostrar que é possível ter um computador a funcionar (legalmente) com software especifico para a empresa que o deseje, sem gastar muito dinheiro além do do preço do computador, além disso com a vantagem de fazer evoluir o programa para se especializar para a empresa que o utilizar, tudo isto sem que se gaste dinheiro.
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Sinceramente acho que não me consegui explicar, não consegui bem dizer o porquê de achar o Stallman um comunista informático. Compare-se o Portas e o Jerónimo de Sousa, sendo o Portas o Bill Gates e o Jerónimo de Sousa o Stallman, o Jerónimo de Sousa está cheio de boas intenções, dividir o dinheiro por todos, por o patronato e o trabalhador com direitos muito parecidos, o Portas é mais duro e tem mais apoio, um trabalhador é um trabalhador e um patrão é um patrão, o dinheiro vai para quem o realmente merece.
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Seja como for, o objectivo desta conversa toda era dizer que, ando a ler o livro mas à medida que vou avançando vejo cada vez mais vantagens em não seguir a ideologia do Stallman, pois são idealistas mas dificilmente me iram pôr o jantar na mesa quando for preciso. Tenho pena que assim seja, pois fazer do planeta um parlamento gigante onde até os mais pequenos têm direito a falar parece bastante mais lógico/divertido/justo que ter pontos onde se cria ideias que nunca de lá saem a não ser que se pague por elas.
-
A imagem só cá está para exprimentar.
sábado, fevereiro 19, 2005
Férias...
A possibilidade de ter o mundo na ponta dos dedos quando comparada com o novo filtro de ar da Chuning, não interessa grande coisa. No entanto a guita para a gasosa escasseia, pois a falta de emprego generalizada e o rabo sentando no shopping mais proximo, não a geram. Logo tornamo-nos locals do parque de estacionamento do meu prédio, ou melhor das traseiras do meu prédio, pois a ilegalidades praticadas não permitem que tudo o que se passa seja feito à vista de todos. Vendo isto até parece impossivel uma pessoa puder se divertir por aqui, mas não, por vezes saimos para a night, claro que nunca para nenhum sitio onde sejamos obrigados a descobrir algo novo ou a mexermo-nos muito, pois isso podia contribuir para o emagrecimento de alguns dos elementos do grupo e nós não queremos isso.
No entanto este e o grupo com quem me dou e conheço à 22 anos. So esse pequeno facto torna-o indespensavel em todos os dias da minha vida.
Existem excepções no grupo, embora por vezes, tal como eu sejam arrastadas para o prazer da inutilidade. Nesta altura de férias eu sou especialmente facil de arrastar para esta inutilidade, não me importo, pois de facto não tenho muito mais para fazer além de surfar, o que faz parecer com que a inutilidade seja fazer algo, mesmo que muito pouco. Bem tento pensar em algo para fazer durante todo o dia, mas quando já se tentou fazer tantas coisas sozinho de facto o fazer nada acompanhado até que não é mau, varia-se. Os traumas da férias.
quinta-feira, fevereiro 17, 2005
O 1º post
Este blog esta destinado a uma vida vazia, sem interesse e onde todos ou pelo menos a maioria dos temas girem em volta do meu umbigo ou das minhas preocupações. Como podem imaginar não sei escrever uma unica palavra como deve ser e esta é mais um tentativa de destruir o que existe da lingua portuguesa.
Hoje foi só para dar o tiro de partida para o inicio de um blog que irá deprimir, destruir, aborrecer e emburrecer todos os que se aventurem a segui-lo. Além disso tudo, é claro que nimguem que não me conheça vai conseguir perceber mas que raio estou a tentar dizer com os ridiculos textos que aqui ponho, isto não é bem como o blog do Pacheco onde se vê dois ou três jornais, ou lê três ou quatro poemas e se percebe do que falo. De resto, porque o que falo nunca faz muito sentido.
Boa nôte!